O Parque das Copaíbas, situado no Lago Sul, foi incluído no Projeto de Recuperação de Danos nas Áreas de Proteção Permanente da Orla do Lago Paranoá. A ação, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), realizou o primeiro trabalho na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) do Bosque, na QL 10 do Lago Sul.
Com a inclusão no projeto, o parque receberá mudas de espécies nativas durante a estação chuvosa em quatro áreas, onde os técnicos identificaram maior necessidade de recuperação. Uma das prioridades é desenvolver o trabalho ao longo do Córrego das Antas, que atravessa a reserva ambiental até desaguar no Lago Paranoá.
De acordo com o secretário da Sema, Sarney Filho, serão investidos R$ 2 milhões para os trabalhos no Parque das Copaíbas. Os recursos são provenientes do Fundo Único do Meio Ambiente (Funam).
“Os valores são relativos a pagamentos de acórdãos judiciais e termos de ajustamento de conduta, no âmbito de uma ação civil pública, por parte dos moradores responsáveis por ocupações irregulares”, afirmou Sarney Filho.
O trabalho inclui contenção de processos erosivos, revegetação e revitalização de corredores ecológicos, além de tratamento contra formigas e correção de solo antes do plantio, uso de contentores para limitar o acesso de veículos, cercamento e tutoria de mudas.
O parque está aberto ao público desde o final de 2019. Localizado em uma vasta área verde do Lago Sul, tem espaços para caminhadas e ciclovias em vegetação de Cerrado. Ao todo, são 73 hectares com 4,3 quilômetros de trilhas.
Etapas
A Secretaria do Meio Ambiente está concluindo estudos técnicos para estender o programa a outras áreas na orla sul do Lago Paranoá. Entre elas estão as encostas do Paranoá, a Arie Riacho Fundo (trecho no Park Way, aeroporto e QL 1), o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, o Parque Ecológico Península Sul, o Parque Ecológico Garça Branca, a Ponte das Garças e o Mosteiro da Ermida Dom Bosco, além das quadras do lago (QLs) 6, 8, 16, 18, 22, 26 e 28.
O diagnóstico ambiental que subsidia o projeto identificou 321,83 hectares passíveis de recuperação na orla, o que inclui áreas de proteção permanente, unidades de conservação e áreas públicas.
Nesta etapa está previsto o atendimento de 65 hectares. As propostas que envolvem unidades de conservação estão em fase de exame pela Comissão de Gestão da Parceria Sema e pelo Brasília Ambiental.