Moradores do Jardim Zoológico de Brasília, os primatas Lipe e Bel, da espécie bugio-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul), tiveram seu primeiro filhote. Nascido em 31 de agosto, o primogênito se encontra no local junto aos pais e recebe todos os cuidados necessários. Eles fazem parte de uma espécie ameaçada de extinção. Atualmente, estima-se que houve uma queda de 30% na taxa populacional desses primatas nas últimas três gerações.
O casal chegou ao zoo ainda filhote, em 2016, após ficar sem habitat devido aos impactos ambientais gerados pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA). Nestes casos, a reprodução em cativeiro é importante para reverter esse cenário e aumentar o número de indivíduos da espécie em vida livre com futuras reintroduções.
O filhote deve permanecer no Zoológico de Brasília, para contribuir na conservação da espécie. Segundo a direção do zoo, “planeja-se fazer um trabalho em conjunto com outras instituições para manter a qualidade genética e demográfica da espécie a fim de estabelecer uma população sob cuidados humanos viável para um programa de conservação".
A espécie
Os bugios-de-mãos-ruivas são encontrados na Amazônia e na Mata Atlântica brasileira. Além de serem Herbívoros, têm como característica marcante o som emitido pelos machos, que pode ser ouvido a longa distância.
Os primatas pesam de 4,5kg a 8,5kg e medem entre 45cm e 65cm, com a cauda que pode atingir até 70cm. Os machos são maiores do que as fêmeas. A pelagem é preta, com os pés, as mãos, a ponta da cauda e, às vezes, o dorso ruivos, variando de indivíduo para indivíduo.
A reprodução ocorre o ano inteiro, e a gestação dura, aproximadamente, seis meses. Nasce, normalmente, apenas um filhote. São animais sociais, vivendo em grupos familiares de três a 20 indivíduos, e a expectativa de vida em cativeiro é de, aproximadamente, 20 anos.
Com informações do Zoológico de Brasília