CRIME

Professor é assassinado a tiros dentro de casa em Santa Maria

Um professor de 33 anos foi assassinado dentro da própria casa, na QR 518 de Santa Maria, na manhã desta quinta-feira (17/9). Adailton Jorge da Silva Campos lecionou em escolas públicas de Goiás e atuou como educador social voluntário no DF

Um professor de 33 anos foi assassinado dentro da própria casa, na QR 518 de Santa Maria. O crime ocorreu por volta das 9h30 desta quinta-feira (17/9). Adailton Jorge da Silva Campos lecionou em escolas públicas de Goiás e atuou como educador social voluntário no Distrito Federal, segundo consta no currículo. 

Ao Correio, o delegado-adjunto da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), Paulo Fortini, afirmou que o caso ainda está sob investigação. "A diligência está em curso e, a princípio, envolve um celular que o suspeito achou que a vítima teria subtraído, mas não foi isso que ocorreu. Ele até permitiu que fosse procurado no seu carro pelo autor", detalhou. De acordo com o investigador, o acusado de ter atirado contra o professor disse que "não ficaria assim" e disparou, pelo menos, três tiros contra Adailton.

Investigações apontam que, na noite anterior, a vítima saiu com alguns amigos para um bar da região. No mesmo local, estavam os suspeitos que, segundo a apuração policial, conheciam o professor. O Correio apurou que o portão da casa de Adailton não foi arrombado. Ele foi assassinado na frente do pai.

Suspeito identificado

No início da noite, investigadores da 33ª DP identificaram um dos suspeitos de assassinar o professor. O homem, ainda não capturado, é um dos moradores da região. O delegado-adjunto Paulo Fortini afirmou que Adailton saiu à noite para se divertir com amigos e passou a madrugada com eles. "A gente apura que os envolvidos no assassinato estavam no mesmo local que a vítima e, de repente, passaram a desconfiar de que Adailton tivesse pegado o celular de um deles, mas não foi isso que ocorreu", reforçou.

De acordo com o delegado, os suspeitos também moram na região e, por várias vezes, foram até a casa de Adailton questioná-lo sobre o sumiço do aparelho. O professor chegou a pedir aos homens para revistar o carro dele. Um deles foi identificado e, segundo o investigador, há a possibilidade de adolescentes estarem envolvidos no crime.

Amigos dão apoio à família

O Correio esteve na casa de Adailton na tarde desta quinta-feira. Amigos e professores compareceram à residência para dar apoio à família. A pedagoga Isabel Teles, 34, conta não acreditar na tragédia. "Ele jamais roubaria o celular de alguém. Uma vez, na escola, um dos alunos pegou o celular de outro. Ele, por conta própria, pegou o carro e foi até a casa do estudante para pegar o aparelho e devolver. Estamos sem acreditar em tudo isso", desabafou.

Formado em pedagogia, o professor demonstrava o orgulho pela profissão nas redes sociais. "Meu Deus, como tem gente ruim nesse mundo. Você foi um profissional maravilhoso, com quem eu tive o prazer de trabalhar", disse uma amiga de Adailton, por meio das redes sociais.

 

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