As obras de reconstrução da Galeria dos Estados estão concluídas e o Governo do Distrito Federal (GDF) prepara o ato de reinauguração. Os reparos acontecem desde 6 de fevereiro de 2018, quando um bloco de concreto desabou do viaduto da galeria, o que destruiu duas das três faixas do Eixo Sul e uma parte da Galeria dos Estados.
O casal Joaquim Vieira e Rosângela estão ansiosos pela reabertura. Os dois são donos de uma loja que vende pão de queijo. Rosângela conta que criou e sustentou as três filhas com o dinheiro vindo do pequeno negócio, montado na década de 70, juntamente com o surgimento da galeria.
Joaquim sabe que o movimento ficou bastante prejudicado, primeiro com a queda do viaduto, que resultou em cerca de um ano e meio de obras, e depois, com a chegada da pandemia do novo coronavírus no Brasil. As obras de revitalização do local, nas quais o GDF investiu mais de R$ 10 milhões, só tiveram início depois do acidente.
Segundo o GDF, a galeria está renovada, com acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, calçadas, pisos e banheiros novos, e o paisagismo refeito. De acordo com o vice-governador Paco Britto, a Galeria dos Estados viveu o ápice, sofreu com a decadência, mas viverá, a partir de agora, a ascensão.
Em junho do ano passado, o governador Ibaneis já havia entregue parte da obra, liberando o viaduto e beneficiando a passagem de 120 mil veículos que trafegam pelo Eixão diariamente. Quando ele assumiu o GDF, pouco mais de 20% das obras estavam concluídas.
Hoje foi a vez da entrega da galeria, que ganhou um novo centro de compras, serviço e lazer. Para isso, foram investidos R$ 5 milhões em recursos e gerados 50 empregos diretos e outros 150 indiretos.
Resgate
Para o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, a entrega da Galeria dos Estados representa muito, já que, segundo ele, o “resgate da cidade abandonada” foi o que o brasiliense mais pediu ao governador Ibaneis Rocha.
Resgate também é o que a obra representa para o casal Conceição e Nelson Yoshimine, que há 40 anos trabalha vendendo flores na floricultura da galeria. “Meu coração está quase explodindo. A floricultura nos faz muito bem e hoje é o nosso recomeço”, garantiu Conceição.