O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou quatro pessoas envolvidas no tráfico de animais silvestres. Não se sabe, no entanto, quais são os nomes dos denunciados no caso da naja. Mais informações serão repassadas às 14h30 desta sexta-feira (4/9), em coletiva de imprensa.
O estudante de medicina veterinária foi indiciado pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama) 23 vezes por tráfico de animais, 23 vezes por maus-tratos e uma vez por associação criminosa e exercício ilegal da profissão, pois os vídeos colhidos pelos investigadores mostraram o jovem realizando uma cirurgia em uma serpente no interior de um dos estabelecimentos comerciais da família.
Além de Pedro, o padrasto dele, o tenente-coronel da PMDF Clóvis Eduardo Condi, e a mãe, a advogada Rose Meire dos Santos, também foram indiciados. Segundo as investigações, Condi era responsável por dar suporte financeiro à atividade ilegal e Rose ficava encarregada de cuidar da reprodução das cobras.
Investigações apontaram que a associação criminosa voltada ao tráfico de animais começou na própria faculdade onde Pedro e outros amigos envolvidos no esquema estudam medicina veterinária, no Gama. De acordo com a apuração policial, os alunos chegaram a promover rifas de cobras na instituição. Conversas de WhatsApp colhidas pelos policiais mostraram o envolvimento, ainda, de uma das professoras do curso. Na mensagem, enviada a um dos estudantes, ela orienta o jovem a "soltar as cobras no mato", logo após Pedro Henrique ser picado pela naja, em 7 de julho. A mulher também foi indiciada por fraude processual.