Imunização

Vacina contra coqueluche é indicada para bebês e criança até 4 anos

Doença acomete principalmente bebês até 6 meses que não foram imunizados. A prevenção é feita com a vacina tríplice bacteriana, que faz parte do Calendário de Vacinação do Ministério da Saúde

Um dos principais fatores de risco para se contrair a coqueluche é a falta de vacinação. Embora tenha tratamento, a infecção pode levar à morte, especialmente em bebês menores de 6 meses, quando não tratados direito ou ainda com o calendário de vacina incompleto. Por isso, a Secretaria de Saúde alerta para que os responsáveis mantenham a vacinação em dia das crianças.

A prevenção é feita com a vacina tríplice bacteriana (DTP), que previne contra coqueluche, difteria e tétano, e faz parte do Calendário Oficial de Vacinação do Ministério da Saúde. A primeira dose é aplicada aos 2 meses de vida, com a vacina pentavalente, que imuniza contra meningite, tétano, difteria, coqueluche e hepatite B. A segunda dose da pentavalente é aos 4 meses, e a terceira, aos 6 meses. O reforço com a DTP é aos 15 meses e, depois, aos 4 anos de idade.

De acordo com a Secretaria de Saúde, no ano passado, o Distrito Federal registrou 54 casos de coqueluche e nenhuma morte pela doença, daí a importância de se cumprir o calendário vacinal e proteger as crianças.

Sintomas, transmissão e prevenção

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível, causada pela bactéria Bordetella pertussis. A principal característica da doença é a tosse seca, que pode ser manifestada por crises incontroláveis. Os sintomas permanecem, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias, e, raramente, até 42 dias.

O período de transmissão estende-se do 5º dia após a exposição do doente até a 3ª semana do início das crises de tosse. O exame para detecção da bactéria é por meio do PCR, o mesmo que está sendo realizado para a detecção da covid-19.

A doença também pode atingir a traqueia e brônquios. A manifestação da infecção passa por três fases. A primeira apresenta sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe. O paciente apresenta coriza, febre, mal estar e tosse seca e, em seguida, há acessos de tosse seca contínua.

Na segunda fase, a aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na terceira fase, a convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de 6 meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

Rafael Ottoni - Sintomas e prevenção contra a coqueluche

De fácil propagação, a coqueluche é transmitida, principalmente, durante a primeira fase e em lugares com aglomeração de pessoas. Para se infectar, é necessário contato direto com uma pessoa doente, por meio de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou fala. Há também a possibilidade de transmissão por objetos contaminados.

A prevenção à coqueluche só é possível depois de receber, pelo menos, a terceira dose da vacina tríplice bacteriana ou DPT. Ela também está presente no calendário de vacinação de gestantes, com a vacina DTPa.

No início da década de 1980, o Brasil registrava cerca de 36 mil casos por ano. Já em 2019, esse número reduziu para 1.495 doentes no país.

Tratamento


Ao apresentar os sintomas iniciais, deve-se buscar atendimento em uma unidade básica de saúde, em caso de sintomas mais leves ou moderados. Nos casos mais grave, procure a emergência do hospital mais próximo. O tratamento é realizado por meio de antibióticos receitados pelo médico conforme a gravidade.