A taxa de desemprego no Distrito Federal se manteve estável em 19,1% no mês de agosto. Isso significa que 293 mil brasilienses estavam à procura de emprego no último mês, mesma quantidade registrada em julho. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma queda de 1% no número de pessoas desempregadas na capital.
De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada pela Companhia de Planejamento (Codeplan) nesta terça-feira (29/9), foi registrado um leve aumento no número de ocupados. A quantidade de pessoas trabalhando saiu de 1,23 milhão para 1,24 milhão. Em relação a agosto do ano passado, houve uma queda de 6,5%. Na comparação com julho, o aumento foi de 0,2%.
Por outro lado, houve um crescimento expressivo no número de pessoas inativas entre agosto de 2019 e agosto deste ano. De acordo com a pesquisa, elas somam 957 mil pessoas, ante 824 mil no mesmo mês de 2019, aumento de 16,3%. De acordo com diretora de estudos e pesquisas socioeconômicas da Codeplan, Clarissa Schlabitz, esse resultado pode justificar a estabilidade da taxa de desemprego.
“Ao invés de as pessoas estarem saindo do mercado de trabalho, deixando de estarem ocupadas e procurando emprego, elas na verdade estão indo para a inatividade, seja porque estão preocupadas em se proteger ou esperando a pandemia passar. Elas se mostram mais em casa, sem procurar emprego, do que dentro da força de trabalho”, explica.
Na passagem de julho para agosto, a taxa de desemprego subiu de 15,7% para 16,9% entre os homens e de 20,9% para 21,4% entre as mulheres. Também houve aumento na população negra desempregada, que cresceu de 20,1% para 21%.
Por faixa etária, houve acréscimo de 42,3% para 42,8% entre as pessoas de 16 a 24 anos e de 15,2% para 18,8% entre aqueles com idade de 25 a 39 anos. Na faixa dos 40 a 49 anos, houve relativa estabilidade, de 11,5% para 11,6%.
Ocupados
Em relação ao número de ocupados, a Codeplan atribui a oscilação positiva ao crescimento de contratações no setor da Construção (12,1%, ou 7 mil), da pequena variação positiva no Comércio e Reparação (0,9%, ou 2 mil) e de reduções na Administração Pública (-2,2%, ou -4 mil), nos Serviços (-0,8%, ou -7 mil) e, em menor número, Indústria de Transformação (-2,3%, ou -1 mil).
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