A obra do Túnel de Taguatinga está na fase de construção de paredes. Além de aço, concreto, máquinas e operários, o Governo do Distrito Federal utiliza tecnologia e técnica sustentável, com o uso de materiais que não agridem o meio ambiente e são recicláveis. No total, foram investidos R$ 275 milhões oriundos de contrato de financiamento firmado pelo GDF com a Caixa Econômica Federal.
Para a escavação são utilizados polímeros (macromoléculas formadas por unidades estruturais menores, os monômeros, que são moléculas de baixa massa molecular), que dão suporte à estabilização do solo – o que evita desmoronamento.
“O produto é biodegradável, ou seja, não contamina o solo”, ressalta o secretário de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho. “Uma das principais preocupações do governo local é preservar o meio ambiente”. O produto é armazenado em 13 tonéis com capacidade de 28 a 33 metros cúbicos.
Também são utilizados seis guindastes modernos para o processo de escavação, que atinge de sete a 20 metros de profundidade. Os equipamentos têm 22 metros de altura, enquanto os mais antigos – da década de 1990 – têm 18 metros.
Usina própria
Construção projetada para ser concluída em dois anos, o túnel de Taguatinga vai demandar uma quantidade imensa de concreto. Para viabilizar e dar mais agilidade aos serviços, uma usina de concretagem está sendo montada, próximo ao canteiro de obra.
Por dia, são utilizados 120 metros cúbicos de concreto, o que equivale à produção de 15 caminhões-betoneiras –tipo de veículo apropriado para receber o concreto usinado da central dosadora e transportá-lo até o local de aplicação nas obras. Por enquanto, o fornecimento está sendo feito por uma usina localizada na Asa Norte.
Expectativa
Com expectativa de entrega para fevereiro de 2022, o túnel de Taguatinga pretende melhorar o fluxo de quem segue para Ceilândia, via Avenida Elmo Serejo, além de oferecer alternativa, pela superfície, para o centro da cidade. Isso deve evitar a retenção de milhares de veículos nos semáforos, reclamação antiga de moradores e frequentadores da região.
Com a conclusão da obra, os carros que estiverem na Avenida Elmo Serejo, sentido Plano Piloto, vão entrar pelo túnel e sair na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Do outro lado, aqueles que chegarem a Taguatinga pela EPTG também passarão pela ligação subterrânea até o início da Via Estádio, saindo logo após o viaduto da Avenida Samdu. Vias marginais darão acesso às avenidas comerciais e Samdu Sul e Norte.
A previsão é que também seja construída uma área arborizada com foco em pedestres, ciclistas e comerciantes. Ciclovia, quiosques e corredor do BRT devem fazer parte do boulevard, que modernizará o centro de Taguatinga.
*Com informações da Agência Brasília
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