Mulheres interessadas em entrar no mercado de trabalho, ter uma fonte de renda e amenizar o impacto econômico gerado pela pandemia contarão com uma nova oportunidade a partir de quinta-feira (17/9). A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e a Secretaria de Estado da Mulher (SMDF) lançam o projeto Mulheres Hipercriativas, que vai selecionar e remunerar 40 professoras, ou facilitadoras, em diversas especializações da economia criativa (atividades baseadas em inovação, cujo capital intelectual é a matéria-prima), para fortalecer o empreendedorismo feminino.
A iniciativa será lançada às 15h, no Salão Branco do Palácio do Buriti, e os cursos oferecidos visam o aperfeiçoamento de mulheres na área de comunicação, como publicidade, marketing, multimídia, organização de eventos, mas também em oficinas de moda, gastronomia, design gráfico e de produtos, além de gestão empreendedora. Quatro mil mulheres do Distrito Federal terão a oportunidade de fazer as aulas, tanto quem deseja começar um novo projeto quanto quem busca aperfeiçoar o próprio negócio com técnicas modernas de vendas e gestão.
Para a lojista Lorena Menezes, 22 anos, esse tipo de iniciativa é muito importante para quem quer começar a empreender. “Quando a gente começa, não sabe o que pode ou não fazer. Para mim, foi muito complicado no começo”, afirma a dona de uma loja de moda feminina. Ela explica que é bom ter aulas com quem já empreende para não repetir os erros mais comuns. “Abri a loja agora na pandemia e sinto que ainda preciso aprender muito, me falta muita experiência de mercado”, afirmou. Ela assegura que, se conseguir encaixar na agenda, com certeza vai participar do projeto Mulheres Hipercriativas.
Seleção
O edital vai selecionar 40 professoras-facilitadoras para dar instruções sobre a condução de novos negócios e repassar a outras mulheres as habilidades profissionais que dominam. Uma vez inscritas, elas devem apresentar propostas de oficinas que devem ter 40, 20 ou 10 horas de duração. O projeto é uma oportunidade de aprendizado de extrema importância, em um cenário em que as mulheres, segundo dados do IBGE, foram as mais prejudicadas com a crise provocada pelo novo coronavírus.
“No momento econômico em que estamos vivendo, em que as mulheres foram diretamente afetadas pela pandemia, acredito que o projeto Mulheres Hipercriativas chega como uma oportunidade para as jovens mulheres repensarem seus negócios, seus projetos de vida e também realizarem o sonho de serem empreendedoras”, afirmou a Secretária de Estado da Mulher do DF, Ericka Filippelli. “Mais do que isso, é a oportunidade de construção de uma forte rede de mulheres líderes”, concluiu.
Esta é a primeira edição do Mulheres Hipercriativas, que conta com o apoio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, além da parceria de gestoras públicas, líderes comunitárias e empresárias do DF, que atuarão como embaixadoras do projeto. A ideia é somar esforços de mulheres já consolidadas no meio profissional para motivar e inspirar contando suas histórias, bem como ensinar e trocar experiência no ramo em que são especialistas.
Segundo o diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, “o foco do projeto está na formação e profissionalização como eixos de desenvolvimento da economia criativa, procurando fortalecer a geração de novos negócios no setor e gerar mais oportunidade e renda para mulheres empreendedoras do Distrito Federal”.
Mais informações do projeto no site www.oei.org.br/mulheres-hipercriativas.
*Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura
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