Saúde

Bicho geográfico: conheça sintomas, tratamentos e cuidados

Parasita vem das fezes de cães e gatos e pode ser transmitido pelo solo contaminado. Cuidar do ambiente e higienizar são maneiras de evitar a contaminação

Correio Braziliense
postado em 01/09/2020 11:38 / atualizado em 01/09/2020 11:38
Donos de animais domésticos devem evitar que os bichinhos entrem em parquinhos infantis -  (crédito: Breno Esaki)
Donos de animais domésticos devem evitar que os bichinhos entrem em parquinhos infantis - (crédito: Breno Esaki)

Você sabe o que é bicho geográfico? De onde vem? O que causa? Quais são os cuidados necessários para não ter contato com esse parasita? Fique por dentro e saiba como evitar possíveis problemas.

As fezes dos cães e gatos podem trazer diversos parasitas, entre eles o Ancylostoma braziliense e o Ancylostoma caninum, conhecidos popularmente como bichos geográficos. Os ovos desses parasitas são liberados nas fezes desses animais e vão para o solo, liberando as larvas. A pele, mesmo sem ferida, pode ser a porta de entrada para a infecção. Os primeiros sintomas são coceira e vermelhidão no local.

Assim como os humanos, os cães e gatos são infectados quando entram em contato com larvas presentes no ambiente. Por isso, é importante manter os animais com a vermifugação em dia. Outro cuidado essencial é recolher as fezes do animal e evitar passear em locais que há presença humana para recreação, como parques públicos e infantis, quadras de esporte de areia e locais como, por exemplo, camping e pic-nic.

Cuidados

A Vigilância Ambiental orienta que o cuidado com o meio ambiente e os animais é a combinação que ajuda a manter os parasitas longe. Quando se pretende estar em locais públicos propícios a esse tipo de exposição, é necessário verificar a situação do ambiente e evitar andar descalço para prevenir a infecção.

Rodrigo Menna, gerente de Animais Vertebrados da Vigilância Ambiental, destaca que é importante a manutenção de ambientes coletivos em condomínios e lugares fechados em que é possível fazer esse controle. Já em locais públicos em que as pessoas costumam levar seus animais de estimação para passear junto, é importante recolher as fezes.

“Para evitar o bicho geográfico, orientamos que parques públicos com areia e em que crianças costumam brincar, é necessário manter os animais de estimação longe dali e com barreira física para evitar o acesso de animais abandonados. O vermífugo também precisa ser dado periodicamente porque os animais são contaminados ao comer coisas na rua ou ao cheirar as fezes de outros animais. Recomendamos ainda, em parquinhos de areia, que seja polvilhado cal periodicamente ou a vassoura de fugo (lança chamas), que pode matar as larvas e bactérias”, afirma.

Sintomas e tratamento

Quando infectadas, as larvas sob a pele morrem, geralmente, após cinco a seis semanas sem tratamento. No entanto, em alguns casos, pode levar mais tempo para a infecção desaparecer. O tratamento é simples e segue similar ao de micose de pele. O ponto vermelho e saliente na pele é o primeiro sinal da infecção, e denuncia o local onde a larva penetrou. Após isso, os sintomas podem aparecer logo após a infecção e segue por semanas. São eles:

– Coceira intensa que piora à noite;
– Linhas tortuosas e vermelhas;
– Inchaço;
– Sensação de movimento debaixo da pele.

Atendimento

Em caso de sintomas, deve-se procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência para ser avaliado pela equipe de saúde da família.

Com informações da SES/DF

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