Policiais da 4ª Delegacia de Polícia (Guará) cumpriram, nesta quinta-feira (27/8), mandado de busca e apreensão contra um jovem de 21 anos investigado por diversos crimes sexuais, entre eles, estupro, estupro de vulnerável, importunação sexual, registro não autorizado de intimidade sexual e divulgação de cenas de sexo, inclusive com a participação de menores. Até o momento, 21 vítimas foram identificadas. A operação teve como nome Rapist.
O suspeito tinha alta popularidade no Guará, segundo apontaram as investigações. “Após conhecer as vítimas, a maioria menores de idade ou jovens entre 18 e 20 anos, o autor passava a cortejá-las e insistia em encontrá-las pessoalmente, aparecendo nas residências sem ser convidado”, detalhou o delegado-adjunto da 4ª DP, João Ataliba.
Em seguida, o universitário insistia em ficar com as meninas e, em alguns casos, chegava a forçá-las a beijá-lo. Sem autorização, o jovem ainda passava a mão nas partes íntimas da vítimas, dava selinhos à força e até mordia o pescoço delas, deixando marcas. “Quando ele era menor de idade, tirou a virgindade de uma menina de 13 anos e continuou se encontrando com ela. Após um tempo, a adolescente percebeu que estava sendo usada por ele e tomou conhecimento de que o suspeito chegou a filmar, escondido, a transa dos dois. Uma vez, em uma festa, ele transmitiu o gemido dela em uma caixa de som”, disse o investigador.
Vítimas
Nas redes sociais, 21 meninas relataram abusos sofridos pelo acusado. Dessas, seis compareceram à delegacia e prestaram depoimento contra o acusado. A suspeita é de que ele teria outros vídeos de cunho sexual gravados, de forma clandestina, das parceiras.
Durante a apreensão nesta quinta-feira, os agentes encontraram na residência 19 porções de maconha fracionadas para difusão, uma balança de precisão, um papel filme e R$ 759,00 em espécie.
Na casa, além do suspeito, estavam um menor de idade e uma jovem de 18 anos. Investigadores encontraram provas de que ele e o adolescente estariam vendendo drogas e, por isso, foram presos em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Em depoimento, ele negou todas as acusações e alegou que foi de forma consensual. Por cada crime sexual, ele pode pegar de 1 a 15 anos, dependendo do fato praticado (importunação sexual, estupro, estupro de vulnerável, divulgação de vídeo, registro não autorizado de cena de sexo, etc.).
A polícia divulgou as imagens do acusado para ajudar na identificação, pois há a possibilidade de ele ter feito mais vítimas no DF.
Vídeo
O Correio apurou que o jovem é o mesmo que aparece colocando lança-perfume no focinho de um cachorro, conforme matéria publicada pela reportagem em 18 de julho. As imagens mostram o autor e um amigo usando a droga e, em seguida, a colocando para o cachorro inalar. Aos policiais, o acusado alegou que é proprietário do animal e que o havia adotado há cerca de duas semanas.