O padrasto do bebê de nove meses torturado com um chicote foi solto após audiência de custódia. Ele foi preso em flagrante, no último domingo, depois que a tia-avó encontrou o bebê com marcas no corpo e chamou a Polícia Militar. O caso aconteceu no Núcleo Rural Café sem Troco. A audiência realizada nesta terça-feira (25/08) estabelece que o homem deverá utilizar tornozeleira eletrônica e não poderá se aproximar da casa onde vivem as crianças.
A decisão da Vara Criminal do Itapoã concluiu que existem provas suficientes de que o crime ocorreu e quem foi o autor, mas resolveu por não prendê-lo e sim por aplicar medidas restritivas para salvaguardar as crianças. “O Auto de Prisão em flagrante traz a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria [....] Reputo, assim, adequado ao presente caso, a aplicação das seguintes medidas cautelares: Imediato afastamento do lar de convivência, proibição de aproximação e contato com, proibição de se ausentar do DF e Monitoramento eletrônico”, diz o texto.
A investigação está a cargo da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). A delegada titular, Jane Klebia disse que continua a investigação e acompanha de perto a família. Hoje novas pessoas foram ouvidas no inquérito que apura se a mãe é co-autora nas agressões constatadas. “Ouvimos os outros familiares e já levamos o caso ao Conselho Tutelar e a Promotoria da Defesa da Infância e Juventude”, disse.
O homem de 21 anos foi preso em flagrante no último domingo após o filho mais novo da companheira ser encontrado com marcas recentes nas costas. Ao chegar no local, a Polícia Militar encontrou também marcas cicatrizadas, que indicariam que o bebê sofria agressões constantemente. Ele vive em uma casa no Núcleo Rural Café sem Troco, com a mãe, de 22 anos, e os outros irmãos, de cinco e três anos. O padrasto apontado como torturador pela Polícia Civil convivia na casa com a família há cerca de um ano.