Imunização

Com alta letalidade, tétano só pode ser prevenido com vacina

A doença não confere imunidade, portanto, é muito importante manter o cartão vacinal em dia: a letalidade no Brasil chega a 40%

O Ministério da Saúde chama a atenção da população para o calendário básico de vacinação contra o tétano: a imunidade adquirida pela vacina é a principal forma de evitar a doença. Nos primeiros anos de vida, recomenda-se a pentavalente, seguida dos reforços com a DTP. Se houver necessidade, pode ser feito, a cada 10 anos, um reforço com a vacina dupla adulto (dT). No caso das gestantes, deve-se aplicar uma dose dTpa a cada gestação.

No Distrito Federal, a série histórica mostra que de 1990 a 2019, houveram 44 registros e três óbitos de casos. No entanto, a letalidade da doença ainda é alta no Brasil: ficou entre 30% a 40% nos últimos três anos. Em países desenvolvidos, o percentual oscila entre 10% a 17%. A maioria dos registros se concentra nas categorias de aposentados/pensionistas e de trabalhador agropecuário, seguidas pelos grupos de trabalhador da construção civil (pedreiro), estudantes e donas de casa.

Transmissão

A transmissão ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa e não passa de pessoa para pessoa. O tempo que os sintomas levam para aparecer desde a infecção(período de incubação) variam entre 5 a 15 dias, em média, mas pode alternar de 3 a 21 dias.

Apesar da crença popular, não são apenas pregos e cercas enferrujadas que são responsáveis por provocar o tétano. A bactéria causadora da doença – Clostridium tetani – pode ser encontrada em superfícies como pele, terra, galhos, plantas baixas, água suja, poeira, trato intestinal de animais e fezes. A partir do contato com o vetor, pessoas com lesões na derme, como feridas, arranhaduras, cortes etc, podem se contaminar.

Calendário Básico

Para se proteger, o indivíduo deve tomar três doses da vacina pentavalente (2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços com a vacina DTP (uma aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade). Faz-se necessário, a cada 10 anos, um reforço com a vacina dupla adulto (dT). Já para as gestantes é necessário aplicar uma dose dT para cada gestação. A doença não confere imunidade, portanto, é muito importante manter o cartão vacinal em dia.

Em caso de dúvidas sobre vacinas ou não lembre se foi vacinado, o usuário deve procurar um serviço de saúde mais próximo com seu cartão de vacinação. Caso não possua este documento, o cidadão precisa se consultar com um profissional de saúde para receber informações.

Tétano neonatal

Conhecida como “tétano umbilical” e “mal de sete dias”, também é uma doença infecciosa aguda, grave, não-contagiosa, que acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida. As manifestações clínicas iniciais são dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante.

A fim de garantir a imunidade do recém-nascido, a mãe necessita estar com a vacinação em dia. A gestante recebe uma dose da dTpa a partir da vigésima semana de gestação ou até 45 dias após o parto.

* Com informações da Secretaria de Saúde