Violência

Suspeito de estuprar criança de 13 anos no Guará é transferido para a Papuda

O acusado, que tem filhos e netos, era pedreiro da região. Por isso, circulava livremente por diversas residências do Guará, onde teria cometido o crime

O Tribunal do Júri do Guará converteu, na tarde desta segunda-feira (24/8), em preventiva, a prisão do acusado de estuprar uma menina de 13 anos na QE 38 da região. O homem, de 53 anos, foi detido no sábado (22/8) pelos policiais da 4ª Delegacia de Polícia, em uma lanchonete perto da casa da vítima.

O suspeito passou por audiência de custódia nesta segunda-feira, mas não foi liberado e seguirá para o Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda. A magistrada entendeu que a prisão em flagrante não apresenta qualquer ilegalidade, razão pela qual não é possível relaxá-la. Afirmou, ainda, que, após analisar os elementos dos autos, ficou comprovada a existência de fundamentos concretos para a manutenção da prisão do indiciado por estupro de vulnerável.

“O fato é grave e revela a elevada periculosidade do agente, de modo que a conversão da prisão em flagrante em preventiva é medida imperiosa em face da gravidade em concreto do crime, a fim de acautelar a segurança da vítima, bem como garantir a ordem pública, entendida como a necessidade de evitar a prática de novas infrações penais”, ressaltou a juíza.

O caso

O Correio revelou que o acusado tinha livre acesso a várias residências, como contaram alguns vizinhos do suspeito. O pedreiro ganhava a confiança das famílias e circulava nas casas. No dia do crime, o homem entrou no quarto da garota, retirou a roupa dela e a obrigou a masturbá-lo. Após o ato, o autor ainda ameaçou a criança, dizendo que mataria a ela a ao irmão mais novo, de 8 anos, caso ela contasse para alguém o que havia acontecido.

A reportagem teve acesso a um áudio em que uma criança o denuncia. Na mensagem enviada a uma vizinha, a menina diz: “Ele levantou o pênis para cima da minha amiga. Ela (amiga) contou para a gente que tinha ido pedir chocolate a ele, quando ele mostrou”, disse a menina.

Uma moradora, que preferiu não se identificar, relatou que o acusado demonstrava ser outra pessoa e ganhava a confiança das famílias. “Eu estou em choque. Ele era meu pedreiro e até café eu fazia para ele aqui em casa. Estou indignada”, disse uma mulher.