O Distrito Federal está em 2º lugar no ranking de pessoas com sintomas conjugados associados à covid-19. Em julho, cerca de 68 mil (2,2%) moradores apresentaram sinais como perda de cheiro ou de sabor; ou tosse e febre e dificuldade para respirar; ou tosse e febre e dor no peito. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid19), que é parte das Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Estes sintomas podem estar associados à presença de covid-19 no organismo. Em um mês, a capital federal subiu onze posições no ranking, saindo do 13ª, em junho, para a 2ª, em julho. Entre os cerca de 961 mil domicílios do DF, estimou-se que 44 mil tinham ao menos um morador com os sintomas conjugados. E desses, 19,5% (8.686) contavam com ao menos um morador idoso.
Gripe
Em relação aos sintomas de síndrome gripal, 239 mil (7,8%) pessoas apresentaram febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular.
O percentual do DF está acima da média nacional de 6,5% e também acima da média da região Centro-Oeste (7,1%).
Testes
Os moradores do DF foram os que mais realizaram testes para a covid-19 no país. Dos 13,3 milhões de brasileiros que fizeram a testagem, 551 mil (16,7%) eram residentes na capital federal. O percentual é o maior entre as Unidades da Federação até o mês de julho, seguido do Amapá (11%) e do Piauí (10,5%).
O tipo de teste mais realizado pelos brasilienses foi o exame de sangue com furo no dedo — cerca de 285 mil pessoas, correspondente a 9,3% da população total. O segundo mais procurado foi o teste SWAB (exame com material coletado com cotonete na boca e/ou nariz), realizado por 204 mil pessoas (6,7%). Cerca de 96 mil (3,1%) fizeram o exame de sangue através da veia do braço.
Em relação aos resultados, a capital federal ficou em terceiro lugar no percentual de testes positivos, com 2,8%, atrás do Amapá (5,2%) e de Roraima (4,7%). Mesmo com a alta taxa de testagem, o DF registra um aumento de casos e passou dos 143 mil nesta quinta-feira (20/8).
Distanciamento social
Quanto ao comportamento durante a pandemia, em julho, estimou-se que 26% dos brasilienses reduziu o contato, mas continuou saindo de casa; 47,7% ficou em casa e só saiu em caso de necessidade básica; e 23,1% ficou rigorosamente isolado. O percentual de pessoas que não fizeram restrição é pouco preciso devido ao alto coeficiente de variação.
O DF foi a quinta Unidade da Federação em percentual de pessoas que ficaram em casa e só saíram em caso de necessidade básica, atrás de Alagoas (57,2%), Amapá (54,3%), Maranhão (48,3%) e Rio de Janeiro (48,2%).