O Centro Espírita Assistencial Nossa Senhora da Glória (Ceansg) comemora, hoje, 55 anos de existência, durante uma homenagem ao Jubileu de Ouro do Ceansg, que ocorreu em 2015. A reunião, que acontecia todos os anos presencialmente, será realizada por meio de transmissão no canal do YouTube do centro, devido à pandemia do novo coronavírus.
Esta é a primeira vez que a data é comemorada pela internet. Não haverá atendimento espiritual. Dessa forma, serão transmitidos vídeos com imagens de comemorações antigas, além de mensagens da presidente espiritual do Ceansg, Jurema Faria, 90 anos, que faz parte do grupo de pessoas que se reuniram para fundar o centro de umbanda em 1965.
Segundo o chefe espiritual do Ceansg, Edinho Ogã, o centro foi criado por pessoas pioneiras na construção de Brasília e reuniu religiosos de diversas cidades e profissões como empresários, banqueiros e servidores públicos. Até 1969, os encontros eram realizados nas casas dos participantes; só depois começaram os esforços para conseguir uma sede. “Na época, o grupo era pequeno. Eles pediram doação, para a Novacap, de um terreno próximo ao local que estamos hoje, mas não conseguiram. Então, eles mesmos se juntaram e resolveram bancar a construção de um templo, em 1989, na Asa Norte”, explica Ogã.
O nome escolhido para o Ceansg se deu porque no dia 15 de agosto também é comemorado o Dia de Nossa Senhora da Glória. Já a palavra ‘assistencial’ foi escolhida porque, de acordo com as entidades espirituais, o centro deveria prestar serviços assistenciais, além dos trabalhos espirituais.
O diretor espiritual lembra que participa da entidade desde que tinha seis anos. Além disso, ele conta que o pai, a mãe e os irmãos também participavam ativamente das ações do centro espírita. “Eu estava lá na primeira gira de inauguração. Eram muitas dificuldades, não tínhamos água nem luz”, relata.
Em março, o centro de umbanda precisou fechar as portas e cancelar as reuniões previstas para este ano. Atualmente, as atividades estão suspensas até janeiro de 2021. Assim, sem a presença do público, a entidade precisa de doações para suprir as despesas fixas do templo. De acordo com a entidade, as despesas chegam a R$ 12 mil, mensais. Até janeiro de 2021, as dívidas ficarão em R$ 96 mil.
Para a advogada Patricia Zapponi, diretora da Central Organizada de Matriz Africana (Afrocom) e frequentadora do Ceansg, a campanha de arrecadação de fundos para o templo traz uma lição sobre o conceito de humanidade, relacionamentos e relações humanas. “Nós mantemos contatos virtualmente para transmitir boas mensagens neste momento difícil. Além disso, ajudamos aqueles que precisam de mantimentos para sobreviver”, afirma. O centro espírita está promovendo uma campanha de doação pela internet. Os doadores podem acessar o link www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-o-ceansg-a-nao-fechar-as-portas e doar a partir de R$ 25.
* Estagiária sob a supervisão de Adson Boaventura
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