O servidor do Palácio do Itamaraty Anderson Felype de Souza Caxeta, acusado de atear fogo em uma mulher trans, teve processo arquivado após pagamento de R$ 30 mil, em acordo celebrado entre os envolvidos. O Caso aconteceu em 12 de junho e o acordo foi homologado pela juíza Elisabeth Cristina Minare, do 1º Juizado Especial Criminal de Brasília.
À época, a vítima, que trabalha como prostituta, e uma amiga, haviam sido contratadas por Anderson para acompanhá-lo no uso de cocaína e álcool, por volta das 3h, conforme relatado em depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
Ela já o conhecia, por ter feito programa com ele outras duas vezes. Ao ser hostilizada pelo agressor, a amiga deixou o local, um hotel da Asa Norte onde Anderson estaria hospedado.
Depois disso, o homem quis ter relações sexuais com a prostituta, mas, ao ouvir que seria mais caro, passou a agredir a vítima, jogou álcool em gel nas costas dela e ateou fogo. Ela então correu para fora do quarto, pedindo ajuda, sendo socorrida por uma hóspede que estava em um quarto próximo.
O Corpo de Bombeiros prestou atendimento, encaminhando a vítima para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), e a Polícia Militar levou os envolvidos para a delegacia. Em depoimento, Anderson disse apenas que não tinha recordações do ocorrido.
Protesto
A situação de violência gerou uma manifestação em frente ao complexo da Polícia Civil, ao lado do Parque da Cidade. Coletivos de mulheres transgênero do Distrito Federal se reuniram, para entregar uma carta ao diretor-geral da PCDF, Rodson Cândido da Silva, pedindo respeito durante os atendimentos.