O Distrito Federal contabilizou, ontem, 30 óbitos pelo novo coronavírus. Ao todo, 1.558 moradores da capital morreram por conta da covid-19. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde, há 121.859 pacientes infectados. Desses, 103.859 são considerados recuperados da doença. Apesar da pandemia, as pessoas não deixaram de frequentar um dos cartões-postais de Brasília, o Pontão do Lago Sul, reaberto desde 15 de julho, após ficar quase quatro meses fechado para o público. O local se readaptou às medidas de segurança sanitária. Ontem, o espaço recebeu a “Blitz de Conscientização”, uma iniciativa do DF Legal para orientar frequentadores a se engajar às ações contra a propagação do vírus.
A medida, que contou com a participação da Secretaria de Governo (Segov) e da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, continua hoje, das 14h às 17h, e ocorre em dois pontos: no deck do Bierfass e na Praça Central, ao lado da fonte. Ontem, as equipes entregaram 3 mil máscaras à população e, hoje, a previsão é de distribuir mais 3 mil. O Correio esteve no local, na tarde de ontem, e pôde ver que o público tem respeitado as normas de segurança. Contudo, a reportagem observou algumas pessoas sem máscara de proteção e lanchas cheias, com aglomerações.
Apesar disso, o espaço conta com vários pontos de álcool em gel, além de sacolas plásticas para o descarte de lixo. Por todos os lados, informativos alertavam as pessoas sobre a obrigatoriedade do uso de máscara, da distância de dois metros entre os frequentadores, da importância de lavar as mãos de forma e correta e de evitar aglomerações. “Essas ações em bloco e integradas visam, em primeira mão, conscientizar e educar a população sobre a importância de respeito à legislação e à ordem urbana para, se for o caso, em última instância, aplicar sanções legais”, explica o secretário do DF Legal, Cristiano Mangueira.
O professor de história Jandilson Moreira, 27 anos, e a autônoma Larissa Soares, 25, visitaram o Pontão pela primeira vez ontem, após a reabertura. Eles surpreenderam-se com as ações de segurança adotadas. “Estão orientando bem, falaram com a gente sobre a importância de usar máscaras. Aqui, é um local disperso, não é aglomerado”, ressalta Jandilson.
A empresária Alessandra Maroto, 27, procurou um lugar mais seguro para levar a filha de 5 anos para brincar. Ela chegou a ir ao Zoológico de Brasília, mas se deparou com as portas fechadas. “De imediato, vim para o Pontão, por ser um local aberto, onde as pessoas não andam tão próximas”, avalia.
Alessandra administra uma empresa de sanitização contra a covid-19 e sabe bem da importância das medidas de segurança para combater a doença. “Esse (Pontão) é um ambiente ótimo, ao ar livre. Sabemos dos riscos, mas não dá mais para ficar em casa, e percebo que as pessoas têm respeitado as regras. Estar aqui representa saúde psicológica. Precisamos encontrar meios para nos entretermos, desde que com segurança”, argumenta.
Casos
Ceilândia se mantém no topo do ranking das regiões com maior número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, com 14.490 casos. Seguida pelo Plano Piloto (9.835) e Taguatinga (9.042). A ordem do número de mortes por região, porém, é diferente. Ceilândia continua com mais notificações, são 308 óbitos pela doença. Taguatinga aparece em segundo lugar, com 156 registros, o Plano Piloto fica na terceira posição, com 112 vítimas da covid-19.
Quanto ao perfil dos pacientes, a maioria é de mulheres (64,655), elas representam 53,1,2% dos casos, enquanto que os homens equivalem a 46,9% (57.169). A faixa etária com maior número de diagnósticos é de pessoas entre 30 e 39 anos, são 32,93 mil infectados.