O Distrito Federal registrou, em um intervalo de 24 horas, 1.903 novos casos da covid-19. Desde o início da pandemia, foram 119.903 infectados na capital. Desse total, 83% recuperaram-se da doença. No entanto, 1.533 brasilienses morreram por complicações causadas pelo novo coronavírus, segundo balanço divulgado ontem pela Secretaria de Saúde. Trinta mortes ocorreram entre 25 de julho e 6 de agosto, mas só tiveram o registro contabilizado nessa sexta-feira.
As vítimas moravam em Águas Claras, Brazlândia, Ceilândia, Guará, Itapoã, Planaltina, Plano Piloto, Riacho Fundo, Riacho Fundo 2, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga. O Plano Piloto concentrou o maior número de mortes, com seis vítimas. Em seguida, aparece Taguatinga, com cinco óbitos. A maioria dos infectados que não resistiram à doença tinha algum tipo de comorbidade pré-existente, como doença cardiovascular, distúrbios metabólicos, nefropatia, imunossupressão, obesidade ou pneumopatia.
As mulheres representam a maior parte dos infectados pelo coronavírus (53%), mas os homens têm letalidade mais alta (59,4%). A maior incidência está no grupo etário entre 30 e 59 anos. Porém, maiores de 60 anos são as vítimas mais frequentes da covid-19 no Distrito Federal. Ceilândia concentra o maior número de ocorrências na capital. Desde o início da pandemia, foram registradas 14.806 infecções e 326 mortes na cidade. Em seguida, aparecem Plano Piloto, com 9.701 casos, Taguatinga (8.837), Samambaia (7.598) e Águas Claras (5.645).
O Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) tem o menor número de infecções pelo novo coronavírus, com 62 casos e nenhuma morte. A Fercal, na segunda posição desse ranking, tem 78 ocorrências e um óbito. Os registros entre a população privada de liberdade manteve-se em 1.732. Entre os profissionais da segurança pública, foram registrados 1.103 casos do novo coronavírus e sete óbitos.
Vacina
Na linha de frente do combate à covid-19, os profissionais da saúde são os mais expostos. Mesmo com todos os cuidados e protocolos de segurança sanitária, as infecções ocorrem com frequência na categoria. Até o momento, 4.257 trabalhadores da área testaram positivo para a doença e 16 morreram. Por causa da vulnerabilidade, esses profissionais foram escolhidos para participar dos testes da vacina contra a doença, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O estudo foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem a coordenação do Instituto Butantan, de São Paulo.
A aplicação das vacinas é feita pela Universidade de Brasília (UnB), no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os voluntários, todos da área da saúde, atuam no atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus e não tiveram a doença. A vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. Nessa semana, 10 profissionais do HUB receberam a primeira aplicação da CoronaVac. A meta é vacinar 850 pessoas. O procedimento continuará na próxima semana.