A Secretaria de Saúde (SES) alertou que o Brasil passa por um surto de sarampo. As pessoas entre 20 a 49 anos de idade devem tomar uma dose extra da vacina o quanto antes, mesmo que já tenha recebido anteriormente. Os cidadãos nessa faixa etária são a prioridade da quarta fase da Campanha Nacional de Vacinação contra o doença, que se iniciou em 23 de março e foi prorrogada até 31 de agosto
“Independente de quantas doses já tenha tomado, é importante tomar outra, desde que não tenha sido nos últimos 30 dias. O objetivo é eliminar a circulação do sarampo no Brasil, que está em surto ativo e tem tido casos especialmente em pessoas entre 20 e 49 anos”, informou a enfermeira da área técnica da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes.
De acordo com a especialista, dos cinco registros positivos da doença no Distrito Federal em 2020, quatro estão nessa faixa etária. “É importante nesse momento eles receberem a dose extra porque temos tido casos de sarampo especialmente entre pessoas com 20 e 49 anos. Por isso eles são o alvo da campanha”, alerta.
Doses
Independentemente de quantas doses tenham sido registradas na caderneta de vacinação, as pessoas entre 20 e 49 anos podem ter acesso à dose extra. Entretanto, todos os cidadãos de 12 meses a 29 anos de idade precisam ter duas doses da vacina tríplice viral. Os de 30 a 59 anos devem ter pelo menos uma dose.
Sintomas
O primeiro sinal do sarampo é a febre alta, que dura de três a cinco dias, acompanhada de coriza, tosse e olhos avermelhados. Após alguns dias surgem manchas avermelhadas na pele, com início na face e atrás do pescoço, progredindo em direção aos membros inferiores. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre por mais de três dias é sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade.
Cobertura vacinal
A SES/DF informou que a procura pela vacina tem sido baixa dentro desse grupo na capital. De 23 de março até 29 de julho, foram vacinadas 53.467 pessoas do público-alvo com a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Contudo, essa quantidade corresponde a apenas 3,9% de cobertura vacinal.
A pandemia da covid-19 pode ter algum reflexo nessa situação, uma vez que começou a se espalhar no Brasil no final de fevereiro, pouco antes de se começar a quarta fase da campanha nacional contra o sarampo.
“Desde 2018 estamos em situação de surto do sarampo, apresentando casos contínuos, sem época determinada. Por isso é tão importante o público-alvo da campanha ser vacinado o quanto antes. Caso estejam indo às UBSs por algum outro motivo devido à pandemia, seria bom aproveitar o momento e buscar pela vacina tríplice viral”, afirmou Fernanda Ledes.
*Com informações da SES/DF