Violência Doméstica

Segundo a PCDF, criança disse que padastro torturou bebê com colher

Homem de 21 anos foi preso em flagrante por torturar bebê de 9 meses: ele foi solto após a audiência de custódia. Em depoimento, a irmã disse que as torturas eram feitas com um galho e com uma colher

Jaqueline Fonseca
postado em 26/08/2020 13:28 / atualizado em 05/10/2020 14:50
Segundo a polícia, a criança disse, em depoimento, que o padastro machucava a boca do bebê até sangrar -  (crédito: Polícia Civil/Divulgação)
Segundo a polícia, a criança disse, em depoimento, que o padastro machucava a boca do bebê até sangrar - (crédito: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil continua a investigação das agressões denunciadas por uma criança de 5 anos contra o padrasto, de 21 anos. O homem foi preso em flagrante, no último domingo, por torturar um bebê de nove meses e e foi solto após a audiência de custódia nesta terça-feira (25/08).

Em novo depoimento à polícia, acompanhada de assistentes sociais e junto à Delegacia de Proteção à Criança e do Adolescente (DPCA), a menina de 5 anos relatou, segundo a polícia, novos episódios de tortura e graves agressões contra o bebê e os irmãos. Em um dos relatos, de acordo com a polícia, a criança disse que o padastro enfiou uma colher na boca do bebê enquanto o alimentava até que saísse sangue.

A menina de 5 anos foi quem disse à tia-avó que o padrasto torturava as crianças com um chicote. No último domingo, depois de passar um período na casa da parente, a criança disse não querer voltar porque, tanto ela quanto os irmãos, apanhavam em casa. A tia-avó foi até a casa e encontrou o bebê de 9 meses com marcas nas costas e na perna. Com o flagrante, o homem foi preso e ficou detido até terça-feira, quando a justiça o liberou após audiência de custódia.

Depois que o caso foi divulgado, parentes e vizinhos entraram na casa da família, agrediram e ameaçaram a mulher de 22 anos, mãe das três crianças, e que, segundo a Polícia Civil, está desaparecida. A delegada responsável pelo caso, Jane Klebia, disse que acompanha as crianças e que todas estão agora com parentes. “Uma tia apareceu e pegou o bebê. O menino de 3 anos, o pai apareceu e pegou, já a menina de 5 anos está com a avó.” Além de investigar as agressões, a polícia apura se a mãe das crianças era conivente ou participava da violência.

 

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