Crime

Após soltura de padrasto, mãe de bebê torturado está desaparecida

Comunidade teria se revoltado com as notícias e ameaçou a mãe do bebê, que também é investigada pela polícia. Padrasto foi solto com medidas restritivas

Jaqueline Fonseca
postado em 26/08/2020 11:43 / atualizado em 26/08/2020 11:43
Policiais militares identificaram as marcas de chicotes nas costas do bebê de 9 meses: padrasto teria usado um galho -  (crédito: Polícia Civil/Divulgação)
Policiais militares identificaram as marcas de chicotes nas costas do bebê de 9 meses: padrasto teria usado um galho - (crédito: Polícia Civil/Divulgação)

Após a Justiça determinar a soltura do padrasto acusado de torturar um bebê de 9 meses, a mãe da criança, uma jovem de 22 anos, sumiu da casa onde vive com a família no Núcleo Rural Café sem Troco, segundo informou a Polícia Civil. O companheiro dela, um homem de 21 anos, foi preso em flagrante no último domingo por agredir um bebê com um galho de árvore, que servia com uma espécie de chicote. Após audiência de custódia na terça-feira, ele foi solto com medidas restritivas

A delegada chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Jane Klebia disse ao Correio que, após a divulgação da história, a comunidade da região ficou revoltada. Parentes dos pais das crianças apareceram, agrediram e ameaçaram a mulher, que desapareceu. “A gente soube pelas pessoas da comunidade e pelos familiares que estão vindo prestar depoimento, porque ela não apareceu nem pra registrar a ocorrência.”

A responsável pela investigação disse ainda que o Conselho Tutelar está a par da situação e que as crianças estão sendo acompanhadas. Todas as três, a menina de cinco anos, o menino de três e o bebê estão agora com parentes ou com o pai biológico. Nesta quarta-feira (26/08), mais parentes e conhecidos da família serão ouvidos no inquérito que apura a possível participação da mãe nas agressões às crianças.

Na terça-feira, após audiência de custódia (25/08), a Justiça determinou a soltura do padrasto e estabeleceu medidas restritivas de aproximação. Ele ficou proibido de se aproximar das crianças e deverá usar tornozeleira eletrônica.

Quando foi preso em flagrante, no domingo, o homem admitiu ter batido na criança com uma vara e disse que estava nervoso. Na delegacia, ele ficou calado. A mulher disse que o homem bateu no neném porque a criança não quis dormir depois do almoço. Ela falou também que o companheiro não agredia as crianças, apenas ajudava educar.

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