Tentar fazer mais do que o máximo possível. Se esforçar mesmo na exaustão. Esses foram os sentimentos que moveram 10 profissionais da saúde do Distrito Federal a participar de um projeto de importância mundial. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus se voluntariaram para participar dos testes da vacina CoronaVac, contra a covid-19, mesmo sabendo dos riscos de um produto ainda em experimentação e abrindo mão das poucas horas disponíveis na semana entre as jornadas de trabalho. Por trás da escolha de se submeter a uma bateria de exames e ensaios, estão histórias de pessoas que encontraram na área da saúde um propósito de vida essencial em tempos de pandemia, o prazer por cuidar e de se doar pela vida do outro.
Uma dessas histórias é de Gabriel Ravazzi, 31 anos. Esse nome está em jalecos que ele usa nas clínicas, no Hospital de Base e no Hospital Universitário de Brasília (HUB), além de constar no topo da lista de voluntários do teste da CoronaVac. Mas tudo começou em campos de futebol, onde o então garoto do ensino médio atuava no time juvenil do Goiás. Ele lembra que, naquela época, “era o sonho de todo brasileiro ser jogador”, mas que tinha como meta mais sólida seguir o caminho do pai, como engenheiro. Uma partida que ele assistiu do Campeonato Brasileiro de 2004, entre São Caetano e São Paulo, porém, direcionou Gabriel para uma área diferente. Naquele jogo, Paulo Sérgio Oliveira, o zagueiro Serginho, teve uma parada cardíaca e morreu em campo, cena que marcou o país e motivou o garoto do Goiás a marcar exames médicos.
“Na conversa com o cardiologista, citei que gostava de biologia, sempre achei medicina legal, mas disse que achava não ter capacidade. Ele falou que o esforço para entrar no curso era grande, mas que quem tinha vontade de ajudar as pessoas teria capacidade”, relembra Gabriel. Se passaram 16 anos daquela decisão. Hoje, o médico acumula experiências em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal, que o aproximaram mais do atendimento clínico. “Cheguei a querer atuar na área cirúrgica, mas, trabalhando em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Goianira (GO), percebi o quão gratificante era poder dar atenção a pessoas simples, que muitas vezes só queriam ser bem-atendidos, poder conversar. Receber cuidados que, infelizmente, hoje, nós não vemos em muitos profissionais”, avalia.
Do conforto à luta
No começo de 2020, Gabriel estava trabalhando no interior de São Paulo como médico gastroenterologista, mas acabou recebendo um convite para atuar em uma clínica do DF, em março. “Assim que cheguei, a pandemia estava ganhando força e os atendimentos de lá foram suspensos. Eu via a situação ficando mais crítica a cada notícia e aquilo começou a me angustiar, porque eu era médico, tinha me preparado para estar naquela linha de frente, poderia tentar mudar aquela situação, mas estava em casa sentado no sofá”, conta. Os pais até tentaram convencer o jovem a se manter seguro, fora do combate ao vírus e aguardando a situação se normalizar para atender na clínica. “Mas eu não ia me acovardar”.
Entre o fim de maio e o começo de junho, Gabriel se inscreveu para processos de seleção e foi chamado para trabalhar no HUB e no Hospital de Base. Desde então, a rotina dos atendimentos tem exigido uma doação quase completa. “Em uma semana normal, de domingo a domingo, tenho somente a manhã de quarta-feira livre. O resto dos dias e horários estou sempre entre um e outro serviço. Geralmente começo às 7h, paro às 13h, almoço por onde estou, quando possível, vou para o segundo turno e só volto para casa 20h, quando não tenho plantão noturno. Quando tenho, saio de um hospital pela manhã já indo para outro”, detalha. O médico define todo esse esforço como desgastante, fisicamente e psicologicamente, mas gratificante.
Nos hospitais, Gabriel se coloca no lugar dos pacientes que estão lutando contra a covid-19 e pensa na família dessas pessoas, que também encara o sofrimento, mas a distância. Nos boletins que prepara para os parentes, além dos termos científicos do quadro atual, ele e os colegas da equipe médica também fazem questão de escrever relatos como: “Estamos cuidando bem do seu pai para que ele possa voltar para casa logo”. “Tentamos acalentar um pouco e passar essa segurança de que aquela pessoa está sendo bem cuidada, porque ela é a mãe de alguém, o pai, o filho. Não um número. E o familiar que está em casa dificilmente consegue fugir dos pensamentos negativos, por acompanhar todas as notícias de mortes da pandemia”, diz.
Quando Gabriel aceitou participar do teste da vacina, o grupo de pesquisa do HUB planejou o cronograma dos testes e entrou em contato com ele informando a data que havia sido escolhida para recebê-lo, 5 de agosto. “Quarta-feira pela manhã. O único dia e horário que era possível para mim. Ou seja, foi perfeito”, celebra. Quando chegou ao ambulatório para receber a imunização, o médico conta que começou a perceber a importância daquele projeto, que significa uma esperança mundial. “Eu me toquei que aquele era o primeiro passo de algo que o mundo inteiro estava esperando. O fato de ter sido escolhido para participar da pesquisa é como uma recompensa. Porque enfrento dias desgastantes e um sentimento de impotência, mas o que tenho hoje é a sensação de que estou usando meu chamado para ajudar a salvar vidas. Então, me sinto realizado”, afirma.
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"Aceitei o desafio"
“Sinto que é minha obrigação, como cidadã, fazer parte da pesquisa.” A frase é de Larissa Bragança, 33, médica clínica e uma das voluntárias dos testes da vacina contra covid-19, realizados por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB). Ela foi a terceira profissional da saúde a receber a dose do produto no DF. Mesmo com os riscos de possíveis efeitos colaterais, a médica afirma que não se sente desmotivada. “Todas as vacinas que temos disponíveis, hoje em dia, passaram pelo mesmo processo. Alguém teve que se voluntariar e servir de cobaia. Então, aceitei o desafio pensando, também, nas gerações futuras”, explica.
Larissa sempre sonhou em ser médica. Desde pequena, sabia que essa era a profissão que gostaria de seguir. Após muitos esforços e estudos, realizou este desejo. Em 2012, formou-se em medicina na UnB. Desde então, trabalhou por um ano e meio no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após este período, foi lotada no Hospital de Base e no Hospital Universitário de Brasília (HUB), onde segue trabalhando até hoje. No início da faculdade, tinha vontade de ser cardiologista, mas mudou de ideia durante a residência no Hospital de Base. “Tive contato com pacientes da área oncológica e me encantei pela diferença que posso fazer na vida deles, de pessoas que precisam muito de apoio médico. Por isso, estou me especializando nessa vertente”, explica.
Nestes oito anos de carreira, a médica afirma que participou de atendimentos difíceis e esteve em contato com diversos pacientes em estado terminal, mas nada se compara aos casos da covid-19. “São pessoas que estão muito instáveis e precisam de atenção constante e cuidados especiais”, explica. A maioria dos pacientes com coronavírus internados na unidade de terapia intensiva (UTI) estão intubados e inconscientes. Apesar disso, Larissa conta que aprende com os enfermos diariamente. “Não é só a questão da doença, tem o lado emocional deles, também”, afirma. A lição de uma paciente específica marcou a vida de Larissa. “Uma jovem, cerca de 28 anos, ficou internada por 10 dias ainda no início da pandemia. Ela conseguiu superar a doença e me ensinou que é importante conversar com o paciente, mesmo quando ele está em desacordado”, diz.
A jovem a que Larissa se refere foi a primeira paciente de covid-19 do HUB que se recuperou. Assim que saiu da intubação, ela disse que se lembrava de tudo que a equipe médica conversou no leito em que estava. “A gente até falava algumas vezes com ela, mas com o tempo abandonamos a prática”, diz a voluntária. “Depois de 10 dias internada, ela acordou e disse que se recordava das conversas e que sentiu falta de mais contato. Eu me senti tocada. Esse depoimento fez com que eu mudasse a forma de atender meus pacientes”, explica. Agora, ela sempre informa o dia, o horário, qual a situação deles, diz palavras de conforto e esperança, além de ler mensagens enviadas por familiares “Mesmo que não se lembrem, eles escutam e merecem um tratamento mais humanizado. Como eles não podem receber visitas, adotamos um sistema no qual os parentes e amigos mandam mensagens e nós separamos um horário do dia para repassá-las aos internados”, explica.
Saiba mais
Terceira fase
O Hospital Universitário de Brasília (HUB) é um dos 12 centros de pesquisas de seis unidades da Federação do país que estão testando o produto vacinal CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Os ensaios estão sendo coordenados pelo Instituto Butantan, que recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicar a medicação em humanos em uma larga escala.
Essa é a fase 3 dos testes, uma das últimas necessárias para produção e comercialização de uma vacina. Nas etapas anteriores, houve produção de anticorpos em 90% dos participantes que receberam a imunização. Os pesquisadores concluíram que esse produto era eficaz e seguro para as duas primeiras etapas, e que a terceira é considerada promissora. Ao todo, 850 voluntários devem participar dos testes no DF, que receberam 10 pessoas na primeira semana. As inscrições estão abertas para mais profissionais de saúde. Os primeiros voluntários retornam a partir da próxima quarta-feira para a segunda dose.
Duas tecnologias
A vacina que está sendo estudada no HUB por pesquisadores da UnB está na mesma fase de testes de outro produto, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. A principal diferença entre as duas é a tecnologia utilizada, pois, na imunização observada no DF, os cientistas inativam o vírus e produzem a vacina que é aplicada, fazendo com que o organismo produza mecanismos de defesa.
Já no produto de Oxford, o material genético do vírus é colocado em um vírus que não é patogênico, que produz proteínas e imuniza o paciente. A finalidade de ambos, porém, é a mesma. Com a possível conclusão positiva dos testes, os pesquisadores vão poder concluir se as imunizações serão aplicadas uma vez em cada pessoa ou com periodicidade, por exemplo.
Apoio emergencial
Mariana Rodrigues da Silva, 29, é enfermeira e iniciou a trajetória em Belém (PA). A paraense terminou o ensino médio sem ter certeza da profissão que queria seguir. Prestou vestibular, inscreveu-se em diversos cursos e acabou passando para enfermagem. No início, ela não sabia muito bem qual era o papel de uma enfermeira, mas, no decorrer da graduação, se apaixonou pela profissão. “Assim que comecei o primeiro semestre, consegui me identificar com as matérias e o dia a dia da enfermagem. Não larguei nunca mais”, diz. Em 2011, se formou pela Universidade da Amazônia (Unama). Cinco anos depois, veio para Brasília visitar a irmã que morava na capital, passou em um processo seletivo para ministrar aulas em uma faculdade particular e resolveu ficar.
Desde então, atua como professora em diversas instituições de ensino na capital federal. Moradora do Cruzeiro Novo, ela foi chamada como parte do apoio emergencial para auxiliar na ala de infectados pelo coronavírus no HUB. Ela conta que a família ficou apreensiva quando recebeu a notícia do novo trabalho. “Moro com minha mãe de 61 anos, meu filho de 6 e minha filha de 15. Eles não me apoiaram muito quando disse que ia atender pacientes com covid-19”, explica. O filho chegou a pedir para a mãe não aceitar o emprego. “Ele ficou repetindo que não era para eu ir, que era perigoso”, afirma. Segundo Mariana, a mãe também ficou extremamente preocupada com a notícia. “Ela levou um susto, demorou para acreditar e se incomodou com a ideia”, acrescenta.
Ela acredita que a inquietação dos familiares é resultado do número de profissionais de saúde que foram infectados pela doença. “Todo dia ficamos sabendo de mais uma pessoa do meio que testou positivo. Por isso, entendo a preocupação deles”, considera. Mesmo com os protestos, a enfermeira aceitou o chamado do HUB. “Fui convocada pelo edital emergencial da unidade em abril. Mesmo com receio, aceitei, pois acredito que é meu papel oferecer meus conhecimentos e ajudar os outros”, considera. Ela aposta na positividade para auxiliar a família a lidar com o momento. “Tento sempre falar que vai dar tudo certo. Esse lado positivo acaba me ajudando a passar por esse período. Isso, e seguir as medidas de segurança e higienização”, declara.
Mariana relata que a rotina de toda a família se alterou desde que ela começou a trabalhar no atendimento a pessoas com covid-19. A enfermeira adotou medidas de segurança e higienização dentro de casa. “Como estou mais exposta ao vírus, decidi impor isolamento social dentro de casa. A última vez que abracei minha mãe, por exemplo, foi no início do ano. Mesmo morando com ela, evito o contato”, diz. Além disso, tenta não transitar por muitos cômodos. “Fico grande parte do tempo no quarto. Saio apenas para coisas extremamente necessárias”, ressalta.
Mesmo sendo uma medida difícil, ela acredita que é necessária e, por isso, segue uma rotina extremamente regrada. “Estamos lidando com uma doença pouco conhecida, temos que estar atentos a todo momento”, afirma. “Sempre que saio, principalmente para o trabalho, evito levar utensílios pessoais. Vou só com a roupa do corpo e chave do carro. Chegando ao hospital, faço a paramentação. Quando saio, tomo cuidado com ao retirar a roupa de proteção e tomo dois banhos”, continua. Tudo para não contaminar a si mesma ou a família.
"Luta de todos"
Em relação aos testes da vacina, Mariana afirma que chegou a sentir sintomas de possíveis efeitos colaterais, mas segue confiante. “Senti dores de cabeça, cólica e náuseas, mas foram bem leves. Acredito que, para o estudo chegar na fase de testes em humanos, os cientistas eliminam as possibilidades de letalidade do produto. Isso me passa uma confiança extra”, considera. Além disso, a enfermeira afirma que pensa, também, nos colegas e nos pacientes. “Lembro da UTI lotada e de todos os colegas de profissão que foram infectados e que, infelizmente, perderam a vida para essa doença. Por eles e por aqueles que ficaram, eu cedi o meu corpo para a pesquisa”, explica. A expectativa de chegar a resultados positivos aumenta a cada dia. “Tenho esperanças de que a vacina esteja pronta até o final do ano. Sei o quanto a equipe de pesquisadores está se esforçando para isso e estou otimista”, relata.
Estar no atendimento a pacientes com covid-19 ajudou Mariana a entender melhor o papel da enfermagem no ambiente hospitalar. Durante o trabalho na UTI do HUB, ela tenta fornecer o atendimento mais humanizado às pessoas que estão internadas. “A maioria está em estado inconsciente, mas ainda são pessoas. Por isso, converso com eles, me apresento toda vez que entro no leito e digo quais serão os procedimentos do dia”, conta. Ela considera que é papel da enfermeira trabalhar para que a unidade funcione corretamente e para que os pacientes tenham o melhor tratamento possível . “Um cuidado diferenciado faz diferença para a recuperação dos enfermos. Por este motivo, ofereço para cada paciente uma forma de tratamento correspondente à particularidade de cada um”, afirma.
Esse amor a profissão acompanha Mariana durante a dura rotina no hospital. Ela costuma acordar ainda de madrugada para estar no HUB às 6h. Neste horário, não consegue se despedir dos filhos nem da mãe. “Saio cedinho e só vou falar com eles durante meu intervalo. Quando consigo tirar o intervalo”, diz. Ao chegar à unidade, ela começa a paramentação. “Temos que colocar todos os equipamentos de proteção individual, os conhecidos EPIs. Como são muitas camadas, costuma demorar um pouco”, explica. Depois de se paramentar, o recomendado é de que os profissionais evitem tirar os equipamentos. Por isso, eles passam seis horas ou mais sem ir ao banheiro, comer ou beber água. “É extremamente cansativo e difícil. No entanto, sempre que um paciente consegue se recuperar, o sentimento que fica é de gratidão”, afirma.
A enfermeira relata que o emocional também fica abalado. “Sinto muita dor quando vejo pacientes que eram saudáveis, sem nenhum tipo de comorbidade e que não conseguem vencer a luta contra a doença”, diz Mariana. Ela aproveita o momento para fazer um apelo. “É triste estar na linha de frente e ver que as pessoas não estão respeitando o isolamento social. Estamos trabalhando em uma UTI lotada, dando nosso máximo. Espero que a população entenda que é uma luta de todos e nos ajude no combate a essa doença”, conclui. (AR e SS)
Fique em casa
“Nós orientamos as pessoas a ficarem em casa, protegidas contra a covid-19 e se expondo o mínimo possível, mas temos que estar frente a frente ao vírus todo dia”, desabafa Joelma de Souza, 36. A técnica de enfermagem também faz parte dos profissionais que receberam a primeira dose da vacina em teste, e comenta que a rotina de quem trabalha em hospitais já era cansativa antes da pandemia, só se intensificou agora. Mas, em 2020, ela acredita que esse esforço está sendo reconhecido. “As pessoas estão conhecendo a nossa arte do cuidar”, define. O primeiro contato dela com esse talento surgiu de um interesse por compreender e ajudar a avó, diagnosticada com diabetes tipo 2.
“Eu era adolescente e acompanhava palestras, estudos, sobre o tema. Muitos realizados por profissionais da saúde. Assim, escolhi a profissão”, lembra. Apaixonada pelo que faz, Joelma chegou a trabalhar em dois empregos bem distantes um do outro, em Goiânia e em Brasília, mas, no ano passado, decidiu ficar só na capital. Com a pandemia, a rotina não deu trégua. “Agora, o que faço se resume em acordar, comer, trabalhar e dormir. Nas poucas folgas que tenho, faço as compras da semana”, detalha. Mas os sentimentos são conflitantes e não se restringem somente ao cansaço.
Ela, que declarou viver um turbilhão de emoções após receber a vacina, diz se sentir feliz em ter a oportunidade de contribuir na luta contra o coronavírus. “Batalho contra o vírus nos hospitais e agora tenho esperanças de ajudar com mais um fato histórico, que é a imunização que pode gerar o controle de doença emergente”, confia. A positividade é tão grande que Joelma já sabe até o que fazer quando tudo isso passar. “Brinquei com minhas amigas que vamos comemorar arremessando as máscaras para cima, igual fazemos com o capelo em uma formatura”, sorri.