Favorecido pelo período de seca e pelo comportamento da população, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tem atendido, em média, a 50 ocorrências de incêndio florestal por dia. Só ontem, 188 militares atuaram no combate ao fogo. Até o meio da tarde, apagaram 330 mil metros quadrados de queimadas, segundo capitão Bastos, supervisor Ambiental do Corpo de Bombeiros. Ele disse que só incêndios de pequena proporção foram registrados neste sábado. “A maioria é causada por queima irregular, como a de lixo e restos de folhas”, explicou.
Uma das ocorrências atendidas foi em Santa Maria, onde o fogo consumiu 25 mil metros quadrados de área verde. Responsável pelo atendimento, capitão Bastos explicou que, após a perícia, é possível informar precisamente o que causou a queimada, mas as mais prováveis são de que o fogo tenha sido colocado de maneira proposital para fazer pasto ou ainda que o incêndio tenha começado pequeno e aumentou com o vento. “Pode acontecer também de ter sido iniciado em outro lugar, numa queima de lixo, e ter se alastrado. Nós estamos com ventos de média a forte intensidade, então acaba que o fogo pode se espalhar”, disse.
As regiões com maior incidência são Gama, Samambaia, Brazlândia, Santa Maria, Planaltina e São Sebastião. Até o fim do mês passado, 3.172 solicitações de atendimento de incêndios florestais foram registradas. O tenente coronel José Genilson dos Santos, comandante do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, explica que, embora o número de ocorrências seja menor do que no mesmo período do ano passado, o estrago causado pelo fogo em 2020 é maior. “Até 31 de julho do ano passado foi registrada uma área queimada de 3.035,60 hectares e até a mesma data deste ano a área queimada foi de 3.418,54 hectares.
Calor
A tendência é de que os focos de incêndio aumentem conforme a intensidade do calor — com pico provável em setembro. O comandante explica que casos de incêndio com combustão espontânea existem, mas são raros. Normalmente, a ação humana é a maior causa das queimadas “De fato, existem incêndios acidentais, provocados por fagulhas de máquinas e grandes veículos, rompimento de redes elétricas e raios, entretanto o ser humano é, de fato, o principal causador de incêndios florestais”, explicou tenente coronel José Genilson dos Santos.
A prática de colocar fogo em lixo, folhas ou provocar qualquer outro tipo de incêndio em área urbana é crime ambiental. Há exceções somente nos casos autorizados pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A pena para quem for flagrado colocando fogo na vegetação é de multa ou prisão de até cinco anos a depender da gravidade.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.