Acusado de traficar animais silvestres, Pedro Henrique Krambeck Lehmukl, 22 anos, guardava vários ratos dentro do freezer de casa, no Guará 2. O estudante de medicina veterinária acumulava os animais para alimentar as 23 serpentes, incluindo a naja kaouthia. Ele foi indiciado 23 vezes pelo crime de tráfico de animais silvestres, maus-tratos, associação criminosa e exercício ilegal da profissão.
Na geladeira de casa, policiais encontraram diversos ratos congelados. O jovem também abrigava, na residência, camundongos vivos, que ficavam na área de serviço. “A criação deles tem um odor característico e, na casa, havia um cheiro muito ruim dos ratos”, disse o delegado da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) Willian Andrade.
A mãe de Pedro Henrique, a advogada Rose Marie, era responsável por alimentar as cobras com os ratos. Ela foi indiciada por fraude processual, corrupção de menores, tráfico de animais, maus-tratos e associação criminosa.
De acordo com o investigador, o apartamento onde a família reside, no Guará 2, começou a ficar pequeno devido ao número de cobras e, por isso, para ‘espalhar’ as serpentes, Pedro solicitou a ajuda de amigos. “A conclusão das investigações é de que o rapaz trafica animais, traz cobras de outros estados e as vende”, detalhou.
Constatou-se que o acusado entrou para o esquema do tráfico em 2017. “Ele adquiriu várias serpentes e viu o quanto é rentável esse negócio”, acrescentou Willian Andrade. Cada filhote chegava a ser vendido por R$ 500.
Pedro Henrique foi indiciado 23 vezes por tráfico de animais silvestres, maus-tratos, associação criminosa e exercício ilegal da profissão. O inquérito segue para o Poder Judiciário, que decidirá se o suspeito continuará respondendo em liberdade ou ficará preso. Caso condenado, ele poderá pegar mais de 30 anos de prisão.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.