Tráfico de animais

Estudante atacado por naja trafica cobras há 3 anos, conclui PCDF

Pedro Henrique Lehmkul comprava serpentes de outros estados para revender no Distrito Federal e foi denunciado por tráfico e outros três crimes

 DARCIANNE DIOGO
postado em 13/08/2020 10:55 / atualizado em 13/08/2020 21:05
Pedro Henrique estava será indiciado por associação criminosa, muas-tratos e pelo tráfico de animais -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Pedro Henrique estava será indiciado por associação criminosa, muas-tratos e pelo tráfico de animais - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Após mais de um mês de investigações, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu as investigações sobre o caso da naja envolvendo o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique dos Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos. O desfecho da apuração policial apontou que o acusado traficava animais desde 2017: ele comprava as serpentes em outros estados e revendia.

Segundo as investigações, 23 cobras estão ligados a Pedro Henrique, por isso, o criminoso foi indiciado 23 vezes por tráfico de animais silvestres, 23 vezes por maus-tratos, por associação criminosa — constatou-se que o estudante havia montado um núcleo criminoso na universidade na qual cursava medicina veterinária. Além disso, ele responderá por exercício ilegal da profissão, uma vez que vídeos comprovam que o jovem realizou uma cirurgia em um estabelecimento comercial da família.

Durante esse período, a polícia colheu vídeos, fotos e documentos que comprovaram que Pedro Henrique vendia as serpentes. “Não se trata de um colecionador, mas de um traficante. Ele trazia as cobras de outras viagens e há diálogos das redes sociais que o mostram negociando o comércio desses animais. Uma dessas vendas, inclusive, foi feita no Gama, se tratava de um filhote de uma cobra Nigritus, que custou R$ 500”, detalhou o delegado Willian Andrade.

O inquérito foi concluído e, até o fim da semana, será entregue à Justiça. Caso seja condenado, Pedro Henrique pode pegar até 30 anos de prisão pelos respectivos delitos. Ele chegou a ficar preso por dois dias na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) por atrapalhar as investigações, mas teve a prisão revogada e foi liberado. 

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  • Delegado à frente das investigações, Willian Andrade
    Delegado à frente das investigações, Willian Andrade Foto: Darcianne Diogo
  • Pedro Henrique Krambeck
    Pedro Henrique Krambeck Foto: Ed Alves

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