Pesquisa

Codeplan aponta que 25% da população total do DF são jovens

Estudo mostra que padrão se mantém há dez anos. Em outra pesquisa, Companhia revela que, dos 717.377 jovens, 26,2% estão desempregados

Correio Braziliense
postado em 12/08/2020 15:37 / atualizado em 12/08/2020 15:37
A pesquisa analisou o perfil da população jovem do DF -  (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
A pesquisa analisou o perfil da população jovem do DF - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Um estudo divulgado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) nesta quarta-feira (12/8) revela que, há dez anos, 25% da população total do Distrito Federal é composta por jovens, indivíduos de 15 a 29 anos, (717.377). A informação está baseada na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2018.

O estudo Retratos Sociais do DF 2018 – Perfil da população jovem do Distrito Federal mostra que do total, 61,8% são negros e 85,4% solteiros. Mais de 55% são residentes em domicílio composto por casal com filhos, com 59,6% dos jovens ocupam a posição de filhos. Destaca-se, ainda, que 24% das jovens são mães e trabalham com atividades domésticas, em média, 8,4 horas por semana a mais que os jovens do sexo masculino.

Observou-se também uma grande diversidade nos perfis de acordo com a renda média das regiões administrativas em que residem.

Sobre a questão do jovem no mercado de trabalho, a pesquisa Jovens no Mercado de Trabalho: um olhar a partir da Pdad 2018, a Codeplan identificou que a taxa de desocupação dos jovens é de 12,1 pontos percentuais superior à observada para a população geral (26,2% contra 14,1%), com o contingente de desempregados concentrado nas regiões de Samambaia, Recanto das Emas e Ceilândia.

Os dados mostraram, ainda, que cerca de 60% dos desocupados não estudavam e que dedicam mais tempo aos afazeres domésticos que os ocupados. Uma das perspectivas apontadas pelo estudo é sobre a necessidade do fomento de políticas públicas para a criação de empregos em regiões mais populosas e compatíveis com a qualificação dos jovens (menos experientes e com escolarização de nível médio).

Além disso, segundo a pesquisa deve-se oferecer qualificação técnica alinhada com a demanda do setor produtivo para aliviar o desemprego desse público e abrir vagas em creches e escolas em tempo integral como forma de auxiliar a disponibilidade desses jovens para o mercado de trabalho.

Com informações da Agência Brasília

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