No Plano Piloto, a Zona Verde abrangerá, inicialmente, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Asa Sul, Asa Norte, Sudoeste, setores de Indústria e Abastecimento (SIA) e de Indústrias Gráficas (SIG), além das estações de BRT e metrô. O valor estimado do contrato será de R$ 2,3 bilhões, com duração de 30 anos. O investimento por parte do Governo do Distrito Federal (GDF) será da ordem de R$ 300 milhões. A expectativa é de que o faturamento anual do Executivo local chegue a R$ 250 milhões, mas só a partir do quarto ano.
O presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul (CCAS), José Daldegan, considera que a proposta nasceu de forma inversa. Ele afirma que, primeiramente, seria necessário oferecer modais coletivos modernos e eficientes antes de “penalizar” o transporte individual. “O próprio Estado sempre privilegiou o automóvel, tentando aumentar a capacidade deles nas vias. Não se pode, com uma canetada, inverter tudo. É uma penalização injusta tanto para o morador, que vai ter de pagar para estacionar na própria quadra, quanto para o trabalhador. O transporte coletivo está saturado, e você não conseguirá jogar toda essa população nos coletivos na hora do rush”, observa José.
Para o presidente do Conselho Comunitário da Asa Norte (CCAN), Sérgio Bueno da Fonseca, a proposta não resolverá o problema de mobilidade. “Se querem incentivar o uso (do transporte coletivo), é preciso oferecer um de qualidade. Porque os ônibus de hoje não têm segurança, pontualidade, são de má qualidade e não servem aos moradores. Ao deixarem os veículos em casa para usar ônibus, os moradores das asas Norte e Sul pagarão duas vezes: para deixar o carro na quadra e, novamente, para usar um serviço de mobilidade ruim”, destaca Sérgio.