Sindivarejista quer preços 20% menores para vagas em áreas comerciais

Sindicato divulgou nota em que defende diminuição dos valores na Zona Verde para evitar que clientes estacionem em quadras residenciais e prejudiquem moradores

Correio Braziliense
postado em 11/08/2020 16:21 / atualizado em 11/08/2020 22:40
Projeto Zona Verde propõe taxa em estacionamentos nas superquadras -  (crédito: Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press - 24/4/13)
Projeto Zona Verde propõe taxa em estacionamentos nas superquadras - (crédito: Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press - 24/4/13)

Em meio à polêmica da criação da Zona Verde — locais públicos do Plano Piloto onde será cobrado estacionamento —, o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) apresentou uma sugestão de flexibilização de preços cobrados nas superquadras de Brasília. O objetivo é evitar prejuízos a moradores e comerciários.

Com valores menores praticados nas áreas com lojas, a diretoria do Sindivarejista considerou que os clientes que chegarem de carro provavelmente procurarão áreas residenciais para estacionar. Em nota divulgada pela entidade, o presidente Edson de Castro sugeriu a cobrança de valores 20% menores. “Defendemos um amplo debate envolvendo setores influentes para que não haja distorção, nem injustiça”, afirmou.

Além disso, o texto defende que moradores da região não devem pagar caro para estacionar, porque arcam com gastos como impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU) e sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Mesmo assim, o sindicato chamou a atenção para o fato de que funcionários de lojas que estacionam nas superquadras param veículos nas vagas das 8h às 19h, o que também afeta consumidores. A entidade, que representa cerca de 30 mil lojas de entrequadras e shoppings, ressaltou que esse problema gera perda anual de mais de R$ 50 milhões e consequente desemprego.

Vice-presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, lembrou que, desde os anos 1970, o Executivo local tenta instalar estacionamentos pagos. "Esperamos que, em 2021, como preconiza o próprio Governo do Distrito Federal, a proposta saia do papel para a prática. O dinheiro a ser arrecadado deve ser investido na melhoria do transporte público", defendeu.

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