Em entrevista ao CB. Poder — uma parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília —, nesta segunda-feira (10/8), o secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (DF), Valter Casimiro, afirmou que o projeto de implementação do estacionamento rotativo em áreas públicas do DF, conhecido por Zona Verde, é um estímulo ao transporte público e à ocupação eficiente dos espaços públicos da capital e que deve contribuir para a redução de engarrafamentos.
“A consequência de utilizar o transporte coletivo em detrimento do transporte individual é diminuir o número de carros nas rodovias. Então, quem vem das cidades satélites provavelmente verá um impacto grande e bom com a diminuição dos veículos”, disse. De acordo com o secretário, a exigência é que a fiscalização seja feita de forma tecnológica, para que não seja instaladas cancelas. “Dessa forma, não ferimos o tombamento da cidade. Queremos mexer o mínimo possível na questão do estacionamento dos espaços de Brasília”, diz.
Ao ser questionado quanto à cobrança de áreas residenciais, ele disse que o objetivo é ajudar os moradores. “ O intuito de colocar cobrança na área residencial não é pra onerar o morador, mas, sim, evitar que haja fuga de quem estaciona na comercial para ir até a área residencial e prejudique o morador”, afirma. De acordo com o secretário, a ideia é que o morador receba isenção do pagamento. “O que queremos é preservar que não ocorra fuga das pessoas da área comercial para a residencial, prejudicando os moradores”, completa.
Segundo Casimiro, a previsão é de que o projeto seja colocado em prática a partir do ano que vem. “O governador quer publicar o edital neste ano, mas ainda há uma série de questões a serem resolvidas. Terminando a fase de consulta pública e readequações, o projeto vai para o Tribunal de Contas da União (TCU) para análise e aprovação”, ressalta. Após isso, o edital poderá ser publicado. “Estimamos que até o fim do ano conseguiremos editá-lo e colocaremos em execução no próximo ano. A empresa precisa fazer alguns investimentos antes de começar. Há um prazo para fazer os estacionamentos, montar o sistema de cobrança, instalação e parquímetro”, relata.
Sistema metroviário
Prestes a publicar o projeto de concessão do Metrô-DF para consulta pública, Casimiro diz que a expectativa é que no próximo mês ele vá para audiência pública. “Depois desse debate, o projeto receberá as contribuições e devidas alterações para ser enviado à Câmara Legislativa do DF (CLDF) e ao TCU para aprovação e publicação. É um projeto com previsão de implantação para o ano que vem também”, explica.
Apesar da polêmica em torno da concessão, e secretário ressalta que outras unidades da Federação colocaram em prática a iniciativa e tiveram sucesso. “São Paulo fez de todo seu sistema de transporte e ganhou muita eficiência. Normalmente, dobra-se a capacidade e diminui-se o subsídio do governo em relação a questão do metrô. No mundo inteiro, todo o sistema metroviário é subsidiado”, pondera. “As empresas que recebem isso por concessão conseguem ter um pouco mais de eficiência operacional desse tipo de transporte. Seja na oferta de veículos mais confortáveis e rápidos, seja no custo do subsídio”, cita.
Atualmente, dois projetos aguardam recursos do Ministério da Integração Regional, conforme explica Casimiro: a expansão de Ceilândia e de Samambaia. “São algumas estações, em cada linha desta, que poderá aumentar o público que hoje acessa o Metrô. Com a questão da concessão, poderemos aumentar o número e oferta do Metrô, trazendo parte dos que andam de ônibus, fazendo essa integração”, diz. A expansão, segundo o secretário, vai complementar a oferta de capacidade para a população das regiões administrativas.
Assista à íntegra da entrevista.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
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