A rede de fast food McDonald's repudiou a situação de racismo que o delegado Ricardo Viana, chefe da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), sofreu em uma das lojas da rede, localizada na QI 23 do Lago Sul. O investigador sofreu o ataque na noite de sexta-feira (7/8). O suspeito, morador do Lago Sul, acabou preso em flagrante pelo crime de injúria racial.
O delegado relata que estava na loja, acompanhado da filha, de 15 anos, quando foi abordado pelo acusado. "Fui surpreendido por um indivíduo aparentemente fora de si, o qual, por motivos que até o momento desconheço passou a me empurrar e ofender, chamando-me de 'macaco', 'veado' e que iria me 'pegar'. Ele chegou a arremessar uma das chinelas em minha direção, momento em que populares tentaram conter a confusão", explica.
O investigador se identificou como delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e deu ordem de prisão ao suspeito por injúria racial. O morador do Lago Sul conseguiu fugir do estabelecimento, mas acabou preso por uma equipe da Polícia Militar. Em abordagem, os militares encontraram porções de maconha no veículo do homem.
O caso foi registrado na 1ª DP (Asa Sul). Ricardo Viana destaca que realizou a denúncia como um exemplo. "Posiciono-me não como delegado, mas como negro, cidadão e pai de duas filhas, também negras. Até o momento não entendi porque tanto ódio em uma só pessoa. O pior é saber que o suspeito tem histórico de violência e já praticou fatos semelhantes com outros negros", lamenta.
A franquia do McDonald's informa, em nota oficial, que lamenta o episódio de racismo sofrido pelo delegado no estabelecimento, cometido por um outro cliente. Ainda, frisa que "repudia toda e qualquer forma de discriminação e está à disposição das autoridades para colaborar nas investigações."
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