Soldado da Força Nacional matou garçom em frente à mulher e filha de 3 anos

O soldado disparou quatro vezes contra o garçom, após uma discussão em um quiosque do Gama. A vítima chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.

O garçom Bruno Lima, 34 anos, foi morto a tiros por um soldado da Força Nacional de Segurança Pública, 48, em frente à mulher e à filha do casal, de 3 anos. A vítima levou quatro tiros, no tórax e na região do abdômen, na madrugada de segunda-feira (27/7). Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Regional do Gama (HRG), mas não resistiu aos ferimentos.


Bruno bebia em um quiosque na Quadra 29 do Setor Central do Gama, acompanhado da família e de um amigo, onde também havia outros clientes. Segundo relato do dono do estabelecimento, que pediu anonimato, era por volta da 0h quando o garçom se envolveu em uma primeira confusão.

A vítima teria discutido com um homem, no estacionamento entre um supermercado e o quiosque, onde o carro dela estava. O proprietário do estabelecimento interveio, e a briga cessou. Nesse momento, Bruno retornou ao balcão para fechar a conta e pegar mais uma cerveja, para levar para casa — também localizada na região administrativa.

Foi nesse momento que o garçom teve uma segunda discussão, dessa vez com o soldado da Força Nacional do Rio Grande do Norte (RN). Ainda de acordo com o dono do quiosque, Bruno teria pegado uma garrafa de cerveja e jogado no rosto do militar. Ele então sacou uma glock 9 milímetros e atirou quatro vezes.

Após disparar contra o garçom, o policial fugiu do local do crime, e retornou cerca de 10 minutos depois. Ele acabou preso em flagrante e levou os militares até uma igreja a alguns metros do quiosque, onde havia escondido a arma de fogo. Em seguida, o acusado foi encaminhado à 20ª Delegacia de Polícia (Gama).

O soldado responde por homicídio e foi recolhido à sede da Força Nacional, na capital federal, e está à disposição da Justiça. A arma utilizada no assassinato foi encaminhada para perícia do Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Civil do Distrito Federal.

A 20ª DP prossegue com as investigações com o objetivo de identificar o que motivou a discussão entre o soldado e o garçom. Testemunhas que estavam no local do crime prestarão depoimento na unidade.