Em 2014, um achado arqueológico significativo ocorreu no sudoeste da Escócia: o “Galloway Hoard“. Este tesouro, composto por mais de 5 kg de prata e ouro, foi descoberto por meio de detectores de metais. A descoberta trouxe à tona não apenas objetos valiosos, mas também informações culturais e históricas sobre a Era Viking.
O “Galloway Hoard” inclui uma variedade de itens, como barras de prata, um crucifixo anglo-saxão raro e quatro anéis de prata. Além disso, uma caixa de madeira contendo ouro e relíquias cuidadosamente embrulhadas foi encontrada. Este tesouro, agora parte do acervo dos Museus Nacionais da Escócia, continua a ser estudado para desvendar mais sobre o passado viking.
O significado das inscrições Viking
Recentemente, pesquisadores decifraram inscrições em um anel de prata de 1.100 anos, parte do “Galloway Hoard”. As inscrições, feitas em uma antiga língua germânica, sugerem que o tesouro pertencia a uma comunidade, e não a um indivíduo. A tradução proposta para a inscrição é: “Esta é a riqueza da comunidade”. Esta descoberta oferece uma nova perspectiva sobre a organização social dos vikings.
Embora a palavra “riqueza” possa também ser interpretada como “propriedade”, o significado central da mensagem permanece inalterado. Este detalhe reforça a ideia de que os vikings tinham um forte senso de comunidade e compartilhamento de recursos.

De onde vieram os objetos do tesouro?
Os cientistas dataram o tesouro por volta do ano 900 e acreditam que ele foi enterrado em quatro parcelas distintas. Curiosamente, muitos dos objetos parecem ter origens distantes. Um dos itens mais notáveis é um vaso de prata dourada, que provavelmente foi feito com metal proveniente de uma mina no Irã, durante o Império Sassânida.
Essa diversidade de origens sugere que os vikings tinham uma rede de comércio extensa, que lhes permitia adquirir materiais de diferentes partes do mundo. Isso não só demonstra suas habilidades comerciais, mas também sua capacidade de integrar elementos culturais de várias regiões.
Qual é oimpacto da descoberta para a História Viking?
A descoberta do “Galloway Hoard” e a decifração das inscrições oferecem uma visão mais rica sobre a sociedade viking. Revela-se um povo com uma estrutura social complexa, onde a comunidade desempenhava um papel central. Além disso, a presença de objetos de origem distante indica uma sociedade aberta a influências externas e ativa no comércio internacional.
Essas descobertas continuam a desafiar e expandir o entendimento moderno sobre os vikings, mostrando que eram mais do que guerreiros; eram também comerciantes, artesãos e membros de comunidades interconectadas. O estudo contínuo desses artefatos promete trazer ainda mais luz sobre a vida e a cultura viking.