A eletrificação é uma pauta que tem ganhado força. O investimento neste segmento se faz necessário especialmente por questões ambientais, visto que auxilia na redução das emissões de carbono no mundo. O assunto foi inserido no dia a dia das grandes marcas com o intuito de mudar o mercado em âmbito global. Nesse sentido, no Brasil, a Marcopolo tem sido destaque no que diz respeito ao assunto.
Com 75 anos de atividades, a empresa se transformou na maior fabricante de ônibus da América Latina, conquistando participação e protagonismo no cenário internacional. É nesse contexto que a marca inicia o cronograma de operações das primeiras unidades do Attivi Integral, ônibus elétrico com chassis e carroceria desenvolvidos integralmente pelo grupo.
O projeto avança para a fase de demonstrações em diferentes cidades do país. No início do mês passado, foi anunciado o início do período de demonstrações, em diferentes cidades brasileiras, das primeiras 30 unidades. Para viabilizar essa iniciativa, a Marcopolo passou por um processo de estudo, há mais de cinco anos, onde viu a oportunidade de desenvolver o próprio veículo elétrico.
A partir dessa decisão, foram criados protótipos com diferentes configurações e condições de operação para garantir um produto que incorpora as soluções mais modernas do mundo, capazes de atender às condições de operação e durabilidade exigidas pelas cidades brasileiras que buscam por soluções sustentáveis de mobilidade.
"Assim nasceu o Attivi Integral, primeiro ônibus 100% elétrico totalmente fabricado pela Marcopolo e que combina a robustez característica da marca à tecnologia global para oferecer uma solução que atendas as necessidades dos mercados brasileiro e sul-americano”, explica Ricardo Portolan, diretor de Operações Comerciais de Mercado Interno e Marketing da Marcopolo.
Na avaliação de Portolan, o veículo se tornou um marco na história da Marcopolo e do país, pois é o primeiro ônibus elétrico integral homologado no Brasil. De acordo com o diretor, o veículo faz parte do pilar Eletrificação do Plano Estratégico 2020-2025.
Portolan indica que a Marcopolo participa dos mais importantes projetos para produção de ônibus que utilizam combustíveis renováveis, como o gás natural, hidrogênio e até o Fuel Cell. Segundo ele, a companhia tem como objetivo ser protagonista no processo de descarbonização do transporte. Em conjunto com suas iniciativas de eletrificação, a Marcopolo já produziu mais de 700 ônibus elétricos e híbridos que estão em operação no Brasil e no exterior.
Ônibus que aposta na eletrificação
Movido por um motor elétrico que transfere energia e movimenta as suas rodas traseiras, o Attivi possui baterias para alimentar a rede elétrica do veículo. Para que fosse implementado de forma exitosa, o projeto exigiu cuidado em toda a sua etapa de construção.
"O processo foi desafiador porque representou a entrada da empresa em um novo segmento de mercado. O desenvolvimento de todo o projeto contou com a criação de uma equipe de trabalho, com profissionais especializados, passando pelo desenvolvimento de parceiros e fornecedores nacionais e internacionais, a concepção dos primeiros projetos, testes até a produção da primeira unidade para demonstrações e homologação", comenta Portolan.
O executivo ressalta que a empresa criou uma equipe de trabalho exclusiva para o tema elétricos e, ao longo desse período, realizou estudos, desenvolveu projetos e testou protótipos.
Após esse processo, o Attivi veio com uma proposta inovadora, sendo o modelo mais leve, de maior capacidade de passageiros e melhor ocupação do espaço interno. “Isso foi conseguido com a adoção de materiais mais leves, como os compósitos e aços de alta resistência, para redução do peso total do veículo, e pelo layout do posicionamento do pack de baterias e demais componentes da eletrificação”, destaca.
O veículo conta com mais de 60% dos componentes de fornecedores brasileiros e tem em sua configuração básica até 13,25 metros de comprimento, capacidade total para 89 passageiros (sentados e em pé), autonomia de cerca de 250 quilômetros e pode ser recarregado em até quatro horas.
Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands - Estúdio de Conteúdo