A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 prevê a nomeação de mais de nove mil profissionais para a pasta de Saúde, em Brasília. A expectativa é que a capital tenha, cada vez mais, recursos para trazer um atendimento de qualidade para os cidadãos.
Nos últimos cinco anos, mais de R$ 48,4 bilhões foram destinados para melhorar, aumentar e facilitar o acesso da população aos serviços públicos de saúde, de acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
Os investimentos foram destinados, por exemplo, à construção e à reforma de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Básicas de Saúde (UBSs), aquisição de equipamentos, contratação de profissionais – temporários e servidores efetivos –, cirurgias e enfrentamento da pandemia de covid-19.
Foram destinados R$ 164,4 milhões para a construção das novas unidades de saúde. 12 unidades básicas foram construídas em diferentes locais de Brasília, como Fercal, Planaltina, Samambaia, Recanto das Emas, Jardins Mangueiral, Riacho Fundo II, Paranoá Parque, Sobradinho II, Ceilândia, Gama e a segunda unidade de Santa Maria.
“Antigamente, a gente se consultava numa salinha em uma igreja; depois viemos para o posto que ficava no ginásio e, graças a Deus, viemos para cá, porque lá era um local pequeno até para os profissionais. Aqui no posto não tem do que reclamar”, comenta Sônia Rosa Gomes, que desde o ano passado passou a ser atendida na UBS 7 do Gama, a maior unidade do DF, com uma área total de 1,8 mil metros quadrados e capacidade para atender 30 mil pessoas.
No ambiente, é possível fazer exame preventivo, medir a pressão e a glicemia, tomar vacina e pegar medicações. "Como é centralizado, fica bem mais fácil", complementa Sônia. Antes, ela precisava pegar dois ônibus para conseguir marcar consulta, fazer exames e garantir o remédio para hipertensão. Agora, faz tudo em um único local.
Já a ampliação da rede de UPAs soma mais de R$ 50,4 milhões de investimento. Sete delas foram entregues: em Brazlândia, Paranoá, Gama, Ceilândia, Vicente Pires, Riacho Fundo II e Planaltina, expandindo de seis para 13. Todas oferecem atendimento 24 horas com estrutura com raios X, eletrocardiograma, laboratório de exames e leitos de observação. Para os próximos anos, o GDF destaca que erguerá unidades nas regiões do Guará, Estrutural, Sol Nascente, Arapoanga, Águas Claras, Água Quente e Taguatinga Sul.
Serão também investidos R$ 406 milhões no Hospital Oncológico Doutor Jofran Frejat, localizado no Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN), a primeira unidade especializada do DF; no Regional do Recanto das Emas (HRE) e no Clínico Ortopédico do Guará (HCO). Há ainda a previsão de construção do Hospital Regional de São Sebastião, que servirá como retaguarda das UPAs.
Trânsito com segurança e fluidez
A infraestrutura também recebeu atenção, para melhorar o fluxo de veículos, beneficiando o trânsito de automóveis e de ônibus. O Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, foi inaugurado no mês de julho e se tornou um exemplo de transformação da mobilidade na cidade. Considerado uma das maiores obras viárias do país, o complexo é formado por uma passagem subterrânea, duas pistas marginais e um boulevard criado para substituir a antiga Avenida Central.
Américo Alves da Silva, comerciante local, ficou animado com as mudanças. "Estou neste ponto há 37 anos e posso dizer que a situação melhorou muito. Não tem mais aquele amontoado de carros, o visual ficou mais limpo", destacou.
Para os próximos investimentos no local, é previsto um alargamento de pista próximo ao Túnel Rei Pelé para beneficiar o transporte coletivo. A ideia é facilitar o trânsito para 135 mil motoristas e para os usuários que circulam pela região diariamente, especialmente nos horários de pico.
Outro destaque na área de infraestrutura foi a inauguração, em outubro, do viaduto que liga o Sudoeste à Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG). O projeto faz parte da estruturação do Corredor Eixo Oeste, que tem o objetivo de conectar cidades desde o Sol Nascente até o Plano Piloto.
A mudança atinge, diretamente, cerca de 25 mil motoristas que circulam pela região. Com as mudanças, a população passou a contar com quatro alças externas e quatro internas, semelhantes às tesourinhas, além de duas pistas, nos dois sentidos, que formam o viaduto da Epig. O projeto ainda prevê a instalação de ciclovia ligando a EPTG ao Eixo Monumental, além da construção de passagens de pedestres subterrâneas.
Após esses investimentos, o GDF inaugurou ainda o viaduto do Itapoã/Paranoá, que faz parte do Complexo Viário Saída Leste. Estima-se que os investimentos na mobilidade da região chegaram aos R$ 63 milhões, visto que, além da entrega do elevado, o pacote de intervenções na área incluiu a duplicação de 5,3 km da DF-250 e a pavimentação de 6 km na DF-456.
O sonho da casa própria
O GDF já realizou o sonho da casa própria de mais de 28 mil pessoas. Para 2024, a expectativa é que, até o final do ano, sejam lançadas mais 25 mil unidades habitacionais e novas cidades atendidas, tais como Sobradinho, Gama e Santa Maria.
Além disso, o governo planeja criar, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF), empreendimentos com 6 a 7 mil moradias, semelhantes ao projeto do Itapoã Parque, o maior do DF, com mais de 12 mil unidades habitacionais.
Desde 2019, o GDF liberou 7.225 unidades habitacionais, o que representa moradia para cerca de 28,9 mil pessoas. Deste total, 2.143 chaves foram entregues ao longo de 2023 em empreendimentos como o Itapoã Parque; Residencial Horizonte, no Sol Nascente; Residenciais Maria Clara e Gercina Leopoldina, no Riacho Fundo II; Residencial IBVS, em Samambaia; e Remas 117/118, no Recanto das Emas.
Michele Carneiro da Silva morava em Sobradinho, mas em 2019 passou a ocupar o espaço no Setor de Clubes Esportivos Sul após passar por dificuldades financeiras. "Eu trabalhava naquela época e tinha minha quitinete alugada. Eu tinha tudo, até que acabei sendo demitida, e chegou um momento em que eu não tinha mais condições de pagar aluguel", compartilhou.
Com o apoio do GDF, conquistou a própria casa, com segurança e estabilidade. "Na desocupação, a gente perdeu tudo. Perdemos a dignidade. Mas foi graças a essa operação do governo, em um momento trágico, que outras tantas coisas boas surgiram", complementa.
Cuidado com a educação
Na educação, o GDF também promoveu iniciativas que beneficiam a população. As medidas, nesse setor, incluem a construção de novas creches na cidade. O compromisso com a educação de primeira infância segue sendo uma das prioridades. Até o fim do ano, a expectativa é entregar 17 novos Centros de Educação da Primeira Infância (Cepis) e alcançar a marca de 80 unidades infantis entregues desde 2019. O investimento nas unidades soma R$ 92 milhões.
A expectativa é diminuir a fila, que ainda existe, para conseguir uma vaga nas creches do DF. De acordo com o GDF, já foi possível reduzir bastante: em 2019, 23 mil crianças aguardavam vagas. Hoje há aproximadamente 6 mil. Estima-se que, ao todo, as creches acolham 32 mil crianças em diferentes regiões.O GDF ainda buscou levar ensino com materiais de qualidade para mais de 175 mil estudantes. Por meio do Cartão Material Escolar (CME), as famílias têm autonomia para escolher itens de papelaria em mais de 300 lojas credenciadas. A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) destaca a importância do programa por trazer dignidade às crianças de famílias de baixa renda do Distrito Federal e também por gerar impacto positivo na economia.
Rubia Conceição é mãe de dois filhos matriculados na rede pública e agradece a ajuda financeira dada pelo programa no ano passado. “Quando saiu o benefício, eu pulei de alegria, porque estava desempregada e não tinha como comprar o material dos meus dois filhos. Esse benefício é maravilhoso”, comemorou.
Fechando o ciclo de ensino, o governo também promoveu para Brasília um momento histórico: a inauguração da primeira universidade pública distrital, a Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF).
"Gostei muito do espaço e da localização. Por mais que seja longe de casa, o Lago Norte é um lugar com muita coisa perto", destacou João Gabriel Dias Figueiredo, em entrevista ao Correio Braziliense, na época em que iniciou o primeiro semestre letivo da instituição, em agosto do ano passado.
O estudante contou que um dos critérios que o fizeram optar pela UnDF foram a grade e os horários serem fechados. "As aulas são só de manhã. Então, de tarde eu posso fazer outra coisa e trabalhar”, detalhou.
Qualificação profissional
No mês de março, o GDF entregou 1.244 diplomas para os alunos do RenovaDF. Lançado em 2021, o programa de qualificação profissional tem o objetivo de trazer novas oportunidades de emprego e renda. Os cursos oferecidos são de iniciação profissional e aplicados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai/DF), com duração de 240 horas.
Os estudantes aprendem noções básicas na área de construção civil, com aulas presenciais. Os participantes recebem uniforme, equipamento de proteção individual, lanche e uma bolsa benefício no valor de um salário mínimo, além de auxílio transporte e seguro contra acidentes pessoais. Ao fim das aulas, é entregue a certificação aos aprovados.
Durante o período de estudos, eles recuperam os espaços públicos da cidade, tais como praças, parquinhos, quadras poliesportivas, campos sintéticos de futebol, vilas olímpicas e viadutos. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), desde o início do programa, foram cerca de 2,1 mil equipamentos públicos revitalizados.
O GDF criou também o QualificaDF, programa de capacitação profissional voltado para as áreas que mais contratam no mercado de trabalho. Juntos, o RenovaDF e o QualificaDF já capacitaram mais de 83 mil pessoas.