Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands - Estúdio de Conteúdo do Correio Braziliense

GDF apostou em mais de 6.200 obras para melhorar a infraestrutura da capital

Mudanças nas regiões administrativas beneficiam a população e melhoram a qualidade de vida dos moradores do Distrito Federal. Conheça as últimas iniciativas do governo

À medida que a população de Brasília cresce, novas demandas por mobilidade e infraestrutura surgem nas regiões administrativas. Dessa forma, para atender às necessidades dos moradores da capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) apostou na melhoria da qualidade de vida da cidade através de investimento de recursos em diferentes áreas, desde a mobilidade, até a saúde e educação.

É estimado que o GDF tenha realizado mais de 6.200 obras na cidade. Conheça as últimas mudanças implementadas na cidade em prol dos cidadãos:

Divulgação/Semob/DF - Terminal Rodoviário do Sol Nascente

Viaduto do Sudoeste

Com o investimento de R$ 24,6 milhões na execução do elevado que trouxe maior fluidez na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), o viaduto do Sudoeste foi construído com o intuito de beneficiar mais de 25 mil motoristas que circulam pela região todos os dias, por meio das quatro faixas de rolamento implementadas nas pistas.

Além disso, o viaduto na Epig integra outra grande obra, o Corredor Eixo Oeste, que tem uma extensão de 38,7 km para ligar as principais vias do Sol Nascente/Pôr do Sol ao Plano Piloto em 30 minutos. Atualmente, estão sendo construídos os corredores de ônibus na Avenida Hélio Prates e a ligação da Epig à Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e à Estrada Setor Policial Militar (ESPM).

Na data da sua inauguração, no mês de outubro, o governo indicou que a área era conhecida pelo engarrafamento, principalmente, na região em frente ao Departamento de Polícia e na entrada do Parque da Cidade. No entanto, com o viaduto, a passagem dos veículos tornou-se livre, o que irá ajudar, especialmente, os moradores do Sudoeste, Cruzeiro e Octogonal.

Clerice Costa de Oliveira é motorista e passa sempre pela região. Para ela, a abertura do viaduto vai melhorar o fluxo de veículos para quem precisa acessar o Sudoeste. “É a melhor coisa que poderia ter acontecido aqui. Eu, que passo todos os dias aqui, sei que vai melhorar o trânsito”, avaliou.

Batizado com o nome do engenheiro civil Luiz Carlos Botelho Ferreira, o corredor também beneficia o transporte público que, devido a sua extensão, atende mais de 260 mil passageiros.

Rodoviária do Sol Nascente

Divulgação/Semob/DF - Terminal Rodoviário do Sol Nascente

Cerca de 45 mil pessoas estão sendo beneficiadas com o terminal de ônibus do Sol Nascente. Erguido em um terreno com área de 24.250 m², que fica na Quadra 105, Trecho 2, o espaço conta com seis baias para embarque, 10 pontos de estocagem, 14 vagas de estacionamento para veículos e 11 para motos, paraciclos com 24 vagas, 3 salas para apoio administrativo, além de lanchonete e banheiros com acessibilidade.

As obras foram pensadas com o intuito de investir em todo o transporte da região. Antes de 2019, a região enfrentava dificuldades de acesso no que diz respeito aos ônibus em circulação. Dessa forma, foram criadas 10 linhas que, com a inauguração terminal, podem ser readequadas.

Francisca Santos, que mora na cidade há 12 anos, acredita que todos os investimentos em mobilidade beneficiam muito a comunidade. “No início, sem transporte, era muito difícil se deslocar para o trabalho e depois que entrou as linhas de ônibus, que vão para vários lugares, melhorou muito. E acredito que com o terminal, novas linhas possam surgir”, destacou a moradora.

Assim, como no Sol Nascente/Pôr do Sol, novos terminais rodoviários estão sendo construídos e reformados em todo o DF. Os investimentos ultrapassam a casa dos R$ 14 milhões, entre estão a reforma da rodoviária do Gama (R$ 8.360.881,56), além dos terminais do Varjão (R$ 1.715.884,89) e do Itapoã (R$ 4.452.610,41).

Ciclovia entre Núcleo Bandeirante e Candangolândia

Paulo H. Carvalho/Agência Brasília - Ciclovia que liga Núcleo Bandeirante e Candangolândia

A capital federal recebe o título de maior malha cicloviária do país. No mês de agosto, a entrega da nova ciclovia que liga o Núcleo Bandeirante à Candangolândia, batizada de Abdel Rauf Hassan Husni Karajah, em homenagem ao ex-administrador das duas regiões, consolidou ainda mais essa constatação.

Com 3,3 km de extensão, a ciclovia localizada às margens da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) substituiu a antiga calçada da região, deteriorada pelo tempo. Para a construção da faixa foram investidos R$ 800 mil pelo GDF. A obra foi conduzida pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF).

O trecho também teve proteção reforçada. Agora, o trajeto dos usuários está protegido por guard rails nos trechos que separam a pista das faixas de rolamentos. Além disso, alambrados foram instalados em regiões com risco de queda e nas extremidades da ponte sobre o córrego da cidade e na entrada e saída do Viaduto da Candangolândia.

Henrique Costa faz o trajeto diariamente para ir e voltar do trabalho. Ele elogiou a qualidade da obra: “Antes a gente não tinha esse conforto para o ciclista. Agora, todas as pessoas que utilizam a ciclovia ficarão muito felizes. A segurança vai aumentar muito, não precisaremos ver pessoas se arriscando a andar de bicicleta na EPNB”.

No mês de julho, por meio de um levantamento realizado pelo governo, foi indicado que, em menos de três meses, as ciclovias do DF aumentam em quase 30 quilômetros. O investimento em ciclomobilidade, desde 2019, já ultrapassou a casa dos R$ 27 milhões, valores referentes a todas as ciclovias construídas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e pela Secretaria de Mobilidade do DF (Semob).

Atualmente, o Plano Piloto é a regional com o maior número de pistas para bicicletas: 138,08 km. Em segundo lugar está o Lago Sul, com 58,233 km. Em seguida, aparecem Park Way (50,68 km), Lago Norte (33,88 km), Ceilândia (33,62 km), Santa Maria (33,14 km) e Gama (35,87 km). Além dos 100 quilômetros que estão em construção, o Distrito Federal registrou 200 quilômetros de ciclovias novas.

Investimento na saúde

Em Brasília, 7.100 cirurgias de diferentes modalidades estão sendo estimadas, reduzindo a fila de pacientes. Nesse contexto, um exemplo positivo envolve a realização de transplantes de órgãos na capital.

No mês de outubro, foi indicado que a cidade está entre os melhores índices de transplantes do país. Além disso, de janeiro a agosto de 2023, a média de transplantes de órgãos por milhão de habitantes no Distrito Federal foi a maior do país, com 107,2. A média nacional é de 43,1, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

No que diz respeito a números, os oito primeiros meses do ano acumularam 534 transplantes de órgãos, medula óssea e córnea no Distrito Federal. No ano passado, nesse mesmo período, os números chegaram a 501.

“Todo o meu tratamento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tenho uma vida nova, uma nova data de nascimento. Eu penso muito na família que autorizou a liberação do coração. Muitos têm a ideia de que o coração guarda a personalidade da pessoa, mas isso não existe. Doar é um gesto de amor, de desprendimento. Eu agradeço muito à família que doou e à toda a equipe que cuidou de mim”, conta Marcos Antônio Gomes, que recebeu um coração em junho e um rim em setembro deste ano.

Casas para a população

10.700 casas e escrituras foram entregues à capital. Apenas no mês de novembro, foram assinadas 502 certidões de registros para habitação e, também, foram lançados 230 documentos hábeis para serem entregues à Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF).

Com a meta de entregar 80 mil moradias até 2025, a expectativa do GDF é de zerar a fila que existe no Distrito Federal, atendendo à toda a comunidade que espera muito por este momento de recebimento da escritura.

Educação no DF

Tony Oliveira/Agência Brasília - Construção de salas modulares para abrir vagas nas escolas do DF

Neste ano, 23 escolas foram inauguradas em Brasília. Com mais 13 unidades em obras, a cidade possui expectativas positivas acerca da ampliação do sistema educacional. No mês de setembro, foi anunciado o projeto de escolas modulares do GDF. Construídos em Planaltina, na Escola Classe 16 e no Centro de Educação Infantil 01, os módulos vão ampliar a capacidade dessas unidades e permitir que elas atendam mais de 700 estudantes. A iniciativa beneficia a comunidade em várias cidades, fazendo com que muitos alunos não dependam do transporte escolar e possam estudar mais próximos de casa.

A iniciativa é fruto de uma parceria da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), e terá investimento de cerca de R$ 95 milhões na construção de aproximadamente 500 salas de aula, com capacidade para receber 35 alunos cada. Por volta de 15 mil estudantes serão beneficiados.

Teatro Nacional

Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília - Reforma no Teatro Nacional, que estava fechado desde 2014, no DF

O Teatro Nacional Cláudio Santoro (TNCS) foi projetado em 1958 por Oscar Niemeyer, com colaboração do pintor e cenógrafo Aldo Calvo, para ser o principal equipamento cultural da nova capital do Brasil. Inicialmente, foi intitulado com o "Teatro Nacional de Brasília", no entanto, em homenagem ao maestro e compositor que fundou a orquestra do Teatro em 1979 e dirigiu-a até sua morte em 1989, foi renomeado como TNCS.

Em janeiro de 2014, no rastro da tragédia da Boate Kiss, o Teatro Nacional foi fechado por recomendação do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público, por não atender às normas de acessibilidade e segurança vigentes. Foram identificados 132 não conformidades.

Contudo, considerado de extrema relevância para a cultura local e nacional, o GDF enxergou a necessidade de apostar em obras no ambiente para que o espaço volte a ter o seu pleno funcionamento.

Com aporte de aproximadamente R$ 54 milhões, serão feitas as reformas das instalações prediais, sobretudo, elétrica e climatização; recuperação estrutural; restauração de pisos, revestimentos, esquadrias e de imobiliários, incluindo revestimento acústico; além de atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos, respeitando os requisitos de acessibilidade.

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