Inovação para a capital: Exame Medicina Diagnóstica aposta em ressonâncias magnéticas aceleradas com IA

Tecnologia reduz ruídos de imagem e diminui em 40% o tempo para entregar o diagnóstico, oferecendo mais segurança, comodidade e eficiência para os pacientes

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postado em 21/04/2025 00:00 / atualizado em 21/04/2025 09:31
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Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands, estúdio de conteúdo
do Correio Braziliense

Os avanços tecnológicos na área da saúde têm permitido diagnósticos mais precisos e rápidos. Em Brasília, o Exame Medicina Diagnóstica tem se destacado por permitir a integração de ressonâncias magnéticas com recursos de inteligência artificial, possibilitando resultados em até 10 minutos.

Na prática, são utilizados algoritmos de aprendizado profundo (deep learning) que atuam em tempo real durante a execução do exame, permitindo reconstruções mais rápidas e com melhor definição, mesmo com menos tempo de aquisição. A iniciativa, considerada pioneira no Brasil, surgiu na capital do país. A marca celebra os 65 anos da cidade trazendo melhorias no atendimento à saúde da população.

“Isso se traduz em exames mais curtos com menos necessidade de repetição de sequências, além de maior conforto para o paciente – especialmente em situações de dor ou limitação de movimento”, explica Gleidson Viana, diretor médico do Exame Medicina Diagnóstica, referência em Brasília e marca pertencente à Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica do país.


De acordo com o especialista, a ressonância magnética com inteligência artificial, como aplicada pelo Exame, representa uma evolução importante no processo de aquisição das imagens. Com a inovação, chamada de Projeto de Inteligência Artificial ACE, houve redução de ruídos de imagens e diminuição em 40% no tempo de realização dos exames.

“É algo especialmente relevante em exames de coluna e articulações, que demandam imobilidade prolongada. Com fluxos mais eficientes, conseguimos entregar resultados com agilidade, beneficiando o processo diagnóstico como um todo”, contextualiza.

Hoje, esse algoritmo da IA roda em 80 máquinas de ressonância magnética na Dasa e contribui para a sustentabilidade do setor como um todo. No laboratório Exame, o serviço está disponível nas unidades Mega Asa Norte (SHLN Bloco G - Lote 09, Ed. Biosphere) e na Mega Asa Sul (SHLS 716, conjunto B, bloco 02, Centro Médico Brasília).

“Ao utilizar algoritmos e dados para prever riscos, reduzindo, por exemplo, complicações causadas por doenças crônicas e encurtando, de maneira efetiva e segura, a jornada entre o diagnóstico e o tratamento, estamos no caminho para atender à necessidade do setor de otimizar recursos e recompensar de forma justa todas as partes que compõem o sistema”, Leonardo Vedolin, vice-presidente da área médica da Dasa.

Análise clínica aprimorada

Na Dasa, a formação de equipes multiprofissionais trouxe um avanço significativo para a área de saúde. Em 2017, a iniciativa atuou para permitir a integração de médicos, engenheiros de software e cientistas de dados para combinar competências técnicas e clínicas.

Essa mudança promoveu o desenvolvimento de soluções mais inteligentes, com foco na melhoria da jornada do paciente. Para tanto, foram testadas dezenas de soluções de empresas nacionais e internacionais, desenvolvendo in house mais de 30 modelos de IA incorporados na rotina da Dasa.

Além do Projeto de Inteligência Artificial ACE, o Exame Medicina Diagnóstica também aposta nos recursos de IA:

Med-PaLM2: parceria com o Google que proporciona mais assertividade na detecção de doenças com laudos complexos. O recurso otimiza e agiliza o acompanhamento médico a partir da coleta de respostas disponibilizadas por um painel de profissionais do setor. Assim, o algoritmo estrutura os dados complexos, como as descrições de doenças que têm apresentações múltiplas e ambíguas, por exemplo, de nódulos hepáticos – que podem ser malignos ou benignos.

Algoritmos de NLP: avaliam entre 6 e 10 mil laudos por dia em busca de mais de 40 doenças diferentes. Quando um paciente que passou pela Dasa tem um achado identificado, seu médico é alertado e consegue reduzir de 17 para 7 dias o próximo passo no tratamento.

Parceria com a Entelai: algoritmo de inteligência artificial que auxilia na identificação de doenças neurodegenerativas e câncer de mama. No cérebro, identifica indícios de esclerose múltipla e Alzheimer. A tecnologia é capaz de observar lesões desmielinizantes, ou seja, na qual a bainha de mielina, responsável em parte pelos impulsos nervosos, é afetada. Algumas dessas lesões são praticamente invisíveis a olho nu.

O futuro da IA no diagnóstico

A utilização da IA trouxe pontos positivos expressivos para o processo de diagnóstico de doenças. No entanto, Gleidson Viana pontua que esse modelo não substitui a análise clínica. "Na verdade, a ferramenta aprimora a execução do exame, trazendo benefícios tanto para o paciente quanto para a operação da unidade", indica.

Além disso, o médico explica que a IA, como aplicada atualmente na Dasa, reforça o papel do profissional de saúde. “Ao automatizar processos técnicos e repetitivos, libera tempo para que médicos e técnicos possam se concentrar mais na experiência do paciente e na qualidade assistencial. Essa é a essência da inovação com propósito: tecnologia a serviço do cuidado”, afirma.

Para os próximos anos, o diretor do Exame Medicina Diagnóstica acredita que a IA na saúde caminhará em duas frentes complementares: a otimização contínua da realização dos exames – com laudos mais rápidos, personalizados e com menor impacto para o paciente – e, progressivamente, o apoio à análise clínica, por meio de algoritmos que ajudarão na triagem, detecção de padrões e priorização de casos.

“Para doenças da coluna e musculoesqueléticas, isso significará diagnósticos mais precoces, fluxos integrados e planos terapêuticos mais bem direcionados”, destaca. Nesse âmbito, dois aspectos principais serão, cada vez mais, aperfeiçoados: melhoria da experiência do paciente e, em alguns casos, diminuição da necessidade de sedação; e reconstruções mais precisas com menos artefatos, incluindo pacientes com dificuldade de imobilização prolongada.

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