Segundo a Organisation Internationale de la Francophonie (OIF), o francês está presente em 106 países. Com aproximadamente 300 milhões de falantes em diferentes continentes, é esperado que esses números cresçam ainda mais, visto que, atualmente, o idioma é o terceiro mais ensinado, após o inglês e espanhol.
De modo geral, aprender uma língua estrangeira pode trazer diferentes vantagens a um indivíduo, especialmente quando o assunto é se destacar no mercado de trabalho ou abrir portas para viagens internacionais. Em Brasília, a instituição de referência no francês é a Aliança Francesa, presente na capital há 60 anos e a única reconhecida pelo governo da França em território nacional.
Com o principal objetivo de proporcionar a vivência da língua francesa e da cultura francófona, a Aliança Francesa, localizada na Asa Sul, em Brasília, realiza atividades presenciais e on-line que vão além do desenvolvimento do ensino do idioma. “Somos a única instituição de ensino de francês, em Brasília, que possui um espaço cultural, um auditório, uma mediateca e um jardim à disposição dos alunos”, destaca Judith Sylva, diretora da Aliança Francesa.
Além disso, segundo Judith, os eventos culturais realizados pela instituição costumam gerar um vínculo dos alunos com a cultura francesa, possibilitando, também, a apresentação de conteúdos bilíngues para proporcionar uma experiência de aprendizado interativa e dinâmica. “Nossas exposições e nossos eventos culturais complementam as aulas, permitindo aos alunos um momento diferenciado, fora da sala de aula”, indica.
Este ano, por exemplo, o instituto, em conjunto com a escola internacional francesa Lycée Français François Mitterrand de Brasília, organizou um encontro para os alunos das instituições sobre literatura africana com Gustave Akakpo, escritor e dramaturgo de Togo, uma nação da África Ocidental situada no Golfo da Guiné, cujo idioma oficial é o francês.
“Os alunos tiveram a oportunidade de mostrar o trabalho que eles realizaram em sala de aula em torno da obra do autor e puderam fazer perguntas sobre a trajetória do escritor e sua escrita. Esse é um dos exemplos de eventos exclusivos para os alunos que a Aliança Francesa organiza, integrando ensino, cultura e entretenimento”, informa Judith.
Já nas salas de aula, os professores ensinam por meio de uma metodologia ativa, buscando que os alunos sejam protagonistas da aprendizagem. Isso se torna possível por meio da pedagogia da ação com o desenvolvimento e a organização de projetos que motivam os estudantes e os mobilizam para estudar com aquilo que os interessa. “O nosso método propõe justamente desenvolver pequenos desafios para testar a sua aprendizagem etapa por etapa”, comenta.
A diretora ainda ressalta que a instituição de Brasília busca a inovação pedagógica por meio do trabalho com a rede das Alianças Francesas no Brasil e no mundo e a sua expertise pedagógica. Assim, é possível selecionar os métodos mais recentes no mercado francês como língua estrangeira.
“Buscamos modernizar as salas de aula e modalidades de curso para propor o que se faz de mais motivador na experiência pedagógica e imersão no francês para os nossos alunos. Proporcionamos, também, uma vivência de aprendizagem que conecta o pedagógico ao cultural, desenvolvendo ainda mais habilidades em nossos estudantes”, informa.
Impacto social
Atenta à responsabilidade social, a Aliança Francesa de Brasília, além de ser um centro cultural, mantém um convênio com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) desde 1967. Nesse sentido, são disponibilizadas, anualmente, 350 bolsas de estudo integrais para alunos da rede pública de ensino do DF.
João Carlos Sousa foi um dos estudantes que aproveitaram a oportunidade de imersão no francês por meio do convênio com a SEEDF. Ele indica que, entre 2011 e 2017, período em que estudou na rede de Brasília, o período foi uma valiosa e importante oportunidade para adentrar na primeira língua estrangeira da sua vida.
“Em 2016, a escola promoveu um concurso cultural. Aceitei o desafio e realizei uma postagem (com foto e legenda) que me rendeu o primeiro lugar no concurso e um incrível prêmio: duas semanas de estudos na Alliance Française Île-de-France e na France Langue, ambas em Paris”, conta.
João Carlos ressalta que foi um momento de grandes aprendizados e felicidades. “Com certeza eu sou muito grato, primeiramente a Deus, e à Aliança Francesa por terem proporcionado a melhor experiência da minha vida e a realização de um sonho que eu imaginava se tornar realidade somente anos à frente. Essa foi apenas uma das excelentes memórias que a instituição me proporcionou. Certamente todo aluno da Aliança terá a melhor experiência possível de imersão na cultura francesa”, complementa.
Ampliando horizontes
"Aprender uma nova língua proporciona a conexão com diferentes culturas, diferentes pessoas e diferentes oportunidades. Sejam elas no ramo profissional ou pessoal. Aprender uma língua estrangeira é se conectar com novas possibilidades no mundo cultural, gastronômico, profissional. É abrir portas para o novo", avalia Judith.
No caso do francês, em específico, a diretora ressalta que a língua permite que o estudante seja levado ao berço da arte e da cultura. Judith indica que, para quem se conecta com universos culturais, artísticos e gastronômicos, a aprendizagem do idioma permite uma conexão com o mundo.
"Além disso, a língua representa uma vantagem para quem quer estudar ou trabalhar em um país francófono. Um nível iniciante, por exemplo, permite viajar se comunicando nas situações básicas da viagem para falar de si, se hospedar, pedir algo em um restaurante, não se perder ou retratar o que você quer fazer durante a sua viagem", contextualiza.
Para Judith, falar outra língua é um desafio pessoal. Ela indica que nada mais satisfaz o aluno que, após um primeiro ano de estudo, percebe que falar francês é possível. "Com o nosso curso, você é capaz de se expressar de forma básica e conseguir se desafiar com o idioma", destaca.
Para ter êxito na aprendizagem, a diretora do instituto aconselha: a maior dificuldade na hora de aprender é controlar o próprio empenho em estudar. Por isso, afirma que é importante perceber o que motiva um indivíduo a querer aprender o francês.
"A vontade de estudar nasce de si mesmo e você deve estar preparado a buscar um contato frequente com a língua fora da sala de aula. Assista a filmes em francês, ouça músicas, ouça podcasts, ouça rádios. Hoje é muito fácil entrar em contato com esses recursos mais autênticos. Busque sempre a autenticidade. Os livros de gramática não são mais o recurso principal", reforça.
60 anos em Brasília
As seis décadas do instituto serão celebradas no mês de setembro. No entanto, já entrando no ritmo de festa e adiantando as comemorações, os leitores do Correio Braziliense terão 15% de desconto ao se matricularem pela primeira vez na unidade localizada na Asa Sul (SEPS 708/907) para o segundo semestre deste ano. Para isso, é necessário acessar o link e preencher as informações solicitadas, marcando a opção ‘Correio Braziliense’ no campo em que se pergunta por onde conheceu a Aliança.
A escola oferece aulas para todas as idades: para crianças, a partir dos seis anos, até os seniores da terceira idade. E as aulas acontecem no melhor formato para o aluno: pelo modo presencial ou pelo modo on-line. As matrículas acontecem até o dia 1° de agosto!
Para a época do aniversário, a Aliança Francesa traz um trabalho de memória, com pesquisas em arquivo e entrevistas que contam a sua história. O resultado desse trabalho será uma exposição, a ser inaugurada no dia 22 de setembro e aberta ao público. Além disso, realizará um momento festivo em celebração à data, voltado para professores, colaboradores, parceiros e convidados da Aliança.
Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do estúdio CB Brands