Com água de coco a R$ 13, vereador critica preços no Parque do Ibirapuera

Embora o parque seja de propriedade da prefeitura de São Paulo, os serviços — como alimentação, esportes e relaxamento — estão sob administração da iniciativa privada

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Cardápio de restaurante no Parque Ibirapuera - (crédito: Reprodução/X @NabilBonduki)

Preços praticados em serviços ofertados dentro do Parque Ibirapuera, em São Paulo, podem fazer que o visitante desembolse mais de R$ 100 caso decida fazer algumas atividades, tais como: passear de bicicleta, beber água de coco e comer em restaurantes no local.

Uma simulação de valores gastos no parque foi feita pelo vereador Nabil Banduki (PT), em vídeo publicado em seu perfil no X. O político checou desde preços da água de coco até de um espaço para tomar banho, e sustenta ideia de que o parque Ibirapuera se transformou em local de elite após a concessão à iniciativa privada. 

No vídeo feito pelo vereador, ele encontrou água de coco a partir de R$ 13. O litro custa R$ 27. Além disso, Nabil Banduki apurou que o lanche mais barato em um restaurante no parque era uma porção de batata frita por R$ 30. Já o dadinho de tapioca custa a partir de R$ 52. Confira o vídeo:

Ao Correio, o vereador Nabil Banduki afirmou preparar um Projeto de Lei Municipal para que o contrato entre a prefeitura de São Paulo e a concessionária Urbia estabeleça alternativas para que usuários comprem produtos a "preços compatíveis" com o mercado. 

"Considerando o direito do usuário que está previsto na lei municipal de concessão, a concessionária seria obrigada a oferecer alternativas de produtos essenciais a preços compatíveis com o que se oferecer no mercado. (É preciso) Dar alternativas ao usuário", afirmou o vereador.

O Parque Ibirapuera

Com 70 anos de história, o Parque Ibirapuera é um tradicional espaço em que paulistanos e turistas costumar praticar esportes, fazer piqueniques e apreciar a natureza. Embora o parque seja de propriedade da prefeitura de São Paulo, os serviços — como alimentação, esportes e relaxamento — estão sob administração da empresa Urbia Parques.

Essa gestão ocorre desde 2020, quando o município firmou contrato de concessão com a iniciativa privada. Segundo a prefeitura de São Paulo, além da gestão de serviços, essa concessão engloba a operação, manutenção e execução de obras no parque.

Sobre os valores praticados, o Correio aguarda respostas da administradora Urbia.    

Francisco Artur de Lima +

postado em 24/03/2025 14:54 / atualizado em 25/03/2025 15:01