
O Ministério Público (MP) denunciou nesta segunda-feira (17/3) seis pessoas à Justiça por envolvimento direto na morte de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach — delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) —, morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos em 8 de novembro de 2024.
Com o inquérito finalizado pela Polícia Civil de São Paulo no último dia 14, depois de quatro meses de investigação, o MP requereu a conversão dos mandados de prisão temporários de três policiais militares e outros três homens em prisões preventivas. Segundo o órgão, eles teriam aceitado uma promessa de recompensa para cometer o crime.
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Os agentes da PM de São Paulo envolvidos no crime são o cabo Denis Martins e o soldado Ruan Rodrigues, acusados de serem os atiradores, e o tenente Fernando Genauro, o motorista — os três estão presos. Já os outros três envolvidos são Kauê Amaral, o “olheiro” que teria avisado a posição de Gritzbach aos atiradores, e a dupla Emílio Gangorra e Diego Amaral, considerados os mandantes do assassinato; todos se encontram foragidos da Justiça.
A Polícia Civil concluiu que o crime foi motivado por vingança. Gritzbach foi operador financeiro da facção criminosa e, ao ser preso, realizou um acordo de delação premiada com a Polícia Civil para expor os esquemas da organização. Além disso, após desentendimentos dentro da organização, era suspeito de ter encomendado a morte de integrantes do PCC — Anselmo Santa Fausta, o "Cara Preta", e Antonio Corona Neto, o "Sem Sangue".
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro