
A oficial e médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello foi promovida de maneira post mortem ao posto de contra-almirante da corporação na quarta-feira (26/2). Gisele morreu em 10 de dezembro após ser atingida por um tiro na cabeça dentro da unidade de saúde onde trabalhava, o Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), na Zona Norte do Rio.
A promoção foi a primeira concedida após a morte a uma médica do Corpo de Saúde da Marinha e reconhece os 29 anos de serviços de Gisele dedicados à Pátria e à sociedade brasileira.
A médica se formou em 1993 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio) e se especializou em Geriatria. Ela ingressou no serviço da Marinha em 1995. Quando faleceu, era superintendente do Hospital Marcílio Dias, mas também foi diretora do Hospital Naval de Brasília.
Gisele foi atingida por uma bala perdida proveniente de um confronto entre policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins e supostos criminosos da Comunidade do Gambá. Ela chegou a ser socorrida por colegas, porém não resistiu.
Mais promoções
Outras três militares mulheres foram promovidas a Contra-Almirante na quarta-feira. De acordo com a Marinha, é a primeira vez que quatro mulheres são promovidas simultaneamente pela Força Naval.

Além de Gisele, foram promovidas as Capitães de Mar e Guerra Daniela Leitão Mendes, vice-diretora da Diretoria de Saúde da Marinha; Mônica Medeiros Luna, vice-diretora do Centro de Perícias Médicas da Marinha; e Claudia Regina Amaral da Silva Fiorot, Assistente do Departamento de Auditoria em Saúde.
Agora, a Força Naval conta com quatro mulheres em serviço ativo no posto de Oficial General, uma vez que Contra-Almirante Maria Cecília Conceição foi promovida em 2023. Ela assumirá o cargo de Diretora do Hospital Naval Marcílio Dias e será a primeira mulher a comandar a maior unidade de saúde da Marinha.