DEMISSÃO

Bocardi cobrava R$ 55 mil por consultoria sem conhecimento da Globo, diz jornal

Antes de ser demitido, ex-apresentador do ‘Bom Dia SP’ prestava serviços de comunicação a empresa que atende contas públicas e ao Bradesco, o que vai contra o código de ética da emissora

Rodrigo Bocardi teria prestado consultoria para, entre outras empresas, o banco Bradesco, o que é proibido pelo código de ética e conduta da Globo -  (crédito: Reprodução Instagram @rodrigobocardi)
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Rodrigo Bocardi teria prestado consultoria para, entre outras empresas, o banco Bradesco, o que é proibido pelo código de ética e conduta da Globo - (crédito: Reprodução Instagram @rodrigobocardi)

Ex-apresentador do programa Bom Dia SP, Rodrigo Bocardi cobrava R$ 55 mil a hora por serviços de consultoria e media training enquanto ainda trabalhava para a Rede Globo, emissora da qual foi demitido no último 31 de janeiro. A informação vem de portfólio de uma das empresas do jornalista obtido pela coluna f5, da Folha de S.Paulo. 

Ao anunciar o desligamento, na semana passada, a Globo esclareceu que Bocardi havia sido demitido por violar normas éticas da empresa. De acordo com a f5, o apresentador não teria informado ao conglomerado de mídia — que não proíbe a prática de media training, mas solicita avaliação prévia acerca da prestação de serviços do gênero sobre a atividade em algumas ocasiões. 

De 2017 a 2023, o jornalista teria prestado consultoria, por exemplo, para o banco Bradesco, o que é proibido pelo código de ética e conduta do conglomerado de mídia por configurar conflito de interesses. Em 2019, o então apresentador do Jornal Hoje, Dony de Nuccio, foi afastado pelo mesmo motivo. 

Ainda de acordo com a coluna da Folha, a primeira acusação contra Bocardi na Globo foi de assédio moral. Embora nada tenha sido provado, uma investigação interna detectou o descumprimento dessas outras normas, o que levou à demissão dele por justa causa. 

Além do Bradesco, o jornalista prestava serviços de comunicação para uma companhia que atende contas públicas, como empresas de ônibus na Grande São Paulo. 

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O Correio tentou contato com Rodrigo Bocardi e com a assessoria que o agencia como palestrante, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações. 

Lara Perpétuo
postado em 06/02/2025 19:56 / atualizado em 06/02/2025 20:00