Juliana Leite Rangel, 26 anos, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite de 24 de dezembro, em Duque de Caxias, precisou voltar a usar respirador mecânico após melhora no quadro de saúde. A jovem está em terapia intensiva no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, na região metropolitana do Rio de Janeiro, sem previsão de alta.
De acordo com o boletim do hospital, divulgado pela prefeitura de Duque de Caxias na noite de terça-feira (7/1), Juliana apresentou piora nas últimas 24 horas e precisou parar com o processo de reabilitação. Além disso, a jovem continua com a traqueostomia (procedimento cirúrgico que consiste em criar uma abertura na traqueia/garganta para que o paciente possa respirar).
“Voltou a fazer febre, sinais clínicos e laboratoriais de novo quadro infeccioso, necessitando retomar medicação para controle de pressão arterial, retorno de sedação leve e retorno para ventilação mecânica, além de ajustes no tratamento da infecção”, detalha o comunicado do hospital. “O processo de reabilitação precisou ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso”, acrescenta.
Juliana continua com o acompanhamento de neurocirurgia, psicologia e uma equipe multidisciplinar dentro do Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Relembre o caso
Na noite da véspera de Natal, Juliana Rangel foi atingida por um tiro de fuzil, dentro do carro da família, na Rodovia Washington Luiz (BR-40), em Duque de Caxias. O carro estava com cinco pessoas no momento do tiroteio. Além de Juliana, Alexandre Rangel, pai da jovem, foi atingido na mão esquerda, mas recebeu alta ainda no dia 24.
A família entrou na Justiça Federal com um pedido de pensão provisória para se manter financeiramente, já que o pai de Juliana é mecânico e não pode trabalhar por conta do ferimento na mão.
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Antônio Fernando Souza, informou que a corporação investiga, junto ao Ministério Público Federal (MPF), os casos de excessos durante as abordagens policiais. Os dois homens e a mulher que participaram da abordagem foram afastados de todas as atividades operacionais.
A PRF afirma que disponibiliza auxílio logístico para os deslocamentos necessários à família, além de oferecer apoio psicológico.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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