
Realizada pela primeira vez no Amazonas, a cirurgia de redesignação sexual pelo Sistema único de Saúde (SUS) abrangeu 22 pacientes no estado. Deste total de pessoas que definem-se como transgênero ou intersexo, três são indígenas.
As cirurgias ocorreram em agosto do ano passado, como parte de um mutirão de procedimentos de redesignação sexual no SUS. O evento foi organizado pelo Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-UFAM) e pelo Ministério da Saúde, com apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Além dos órgãos públicos, o mutirão de cirurgias de redesignação sexual teve a participação da Sociedade Brasileira de Urologia. Em reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a estudante de odontologia Emy Rigonatty, 26 anos, relatou sua experiência após ter realizado a cirurgia no mutirão.
“Nunca houve esse tipo de cirurgia em pessoas trans e intersexo no estado, e eu fui uma das escolhidas, dentre centenas de meninas que estavam à espera da cirurgia pelo SUS, então sou imensamente grata por essa oportunidade”, disse a estudante.
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Emy também contou ao periódico que, após se formar na faculdade de odontologia, deve tornar-se a primeira dentista transgênero no Amazonas.