Uma nova análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul vai identificar se há presença de arsênio em lanches levados por Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar e causar a morte de três familiares, para a sogra, Zeli dos Anjos, no hospital.
A mulher, que estava internada desde o natal após consumir um bolo envenenado com arsênio, recebeu alta na sexta-feira (10/1). Três pessoas morreram e outras precisaram ser hospitalizadas. Caso aconteceu em 24 de dezembro em Torres (RS).
Segundo informações do portal g1, Deise, que está presa preventivamente desde 5 de janeiro, teria visitado a sogra e levado lanches para ela no hospital. Entre os alimentos, estava um pastel, bombons, chiclete, torrone, suco de uva, barras de cereal e biscoito de leite. Zeli não chegou a consumir os alimentos, pois foi impedida por acompanhante dela no hospital.
Além do envenenamento que provocou a morte de Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos e Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos, Deise é suspeita de outro crime. Investigação aponta que a suspeita pode estar envolvida na morte do sogro, Paulo dos Anjos, de 68 anos, que morreu em setembro do ano passado com infecção intestinal após consumir leite em pó e banana supostamente envenenados.
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Os corpos das vítimas do bolo envenenado e do sogro foram exumados para perícia, que constatou presença de arsênio nos corpos. O IGP também confirmou a presença da substância na farinha utilizada para confecção do bolo. Ao g1, defesa de Deise afirma que informações reveladas em coletiva ainda não foram judicializadas e que "aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação".
Em entrevista concedida ao Correio, o delegado Cléber dos Santos Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DIP), aponta que suspeita tinha relação ruim com a família, principalmente com a sogra. "Ela tinha uma raiva muito grande de toda a família na realidade", relata. Não há indícios de que crime esteja baseado em alguma vantagem patrimonial.