Investigação

Ex-PM foragido por executar bicheiro Fernando Iggnácio é preso no Paraguai

Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzis na cabeça em 2020, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Ex-PM preso era responsável por fazer pesquisas sobre rotina da vítima e o tipo de arma usada no crime

Fernando Iggnácio -  (crédito: Divulgação)
Fernando Iggnácio - (crédito: Divulgação)

Uma investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) do Rio de Janeiro (PCERJ) levou à prisão de um dos responsáveis pelo assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzis na cabeça em 2020. O último foragido do crime é ex-policial militar e estava escondido em  Ciudad del Este, no Paraguai, pelos agentes do Comando Tripartite da Polícia Nacional do Paraguai. Em 29 de outubro de 2023, Rogério Andrade, apontado como o maior bicheiro do RJ, foi preso com mais cinco pessoas, sob a acusação de ordenar a morte do contraventor rival.

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Segundo informações da Polícia Civil do Estado do RJ, o ex-policial foi o responsável por fazer pesquisas sobre a rotina da vítima e o tipo de arma usada no crime, bem como levantamentos sobre diversos outros contraventores executados, “demonstrando um estudo de caso para que a ação criminosa contra Fernando Iggnácio não tivesse falha”.

Após o crime, o ex-policial fugiu do Brasil e se abrigou no Paraguai. Os agentes constataram que ele usava um documento falso brasileiro e suspeitaram do criminoso. Nessa sexta-feira (3/1), após uma minuciosa investigação da PCERJ, os policiais chegaram ao encalço do foragido. 

O crime e os envolvidos 

Genro e herdeiro do contraventor Castor de Andrade, Fernando Iggnácio de Miranda foi executado em 2020, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Iggnácio, que havia retornado de helicóptero de Angra dos Reis, na Costa Verde, foi surpreendido por uma emboscada enquanto caminhava em direção ao carro.

Sobrinho de Castor de Andrade, Rogério Andrade (um dos presos) é um contraventor conhecido por seu envolvimento com o jogo do bicho no Rio de Janeiro. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa que atua em atividades ilegais como lavagem de dinheiro, homicídios e corrupção. A prisão de Rogério ocorreu em outubro de 2023, no condomínio de luxo onde ele reside, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, após uma denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

 

Darcianne Diogo
postado em 04/01/2025 11:24
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