SEQUESTRO

'Com tanta coisa para fazer, parada aqui', diz mulher feita de refém em SP

Vítima conta que o ônibus pelo qual esperava em parada na Avenida Paulista passou enquanto ela era segurada pela sequestradora, que cometeu crime semelhante no mesmo local em 2018 

A mulher que foi feita de refém na última segunda-feira (9/12) em uma parada de ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo, contou ao Encontro nesta terça-feira (10/12) que ficou impaciente com a situação. Sandra Regina Monteiro disse, em entrevista ao programa da TV Globo, que tinha muita coisa para fazer e que o episódio atrapalhou a rotina.  

 

“Teve uma hora em que eu pensei assim: ‘eu, com tanta coisa para fazer, parada aqui’”, relembrou Sandra. Ela contou também que o ônibus que ela aguardava passou pela parada enquanto a mulher que a fazia de refém a segurava e a ameaçava, segurando uma faca contra o pescoço dela. “Falei: ‘ai, não acredito’.” 

Segundo contou ao programa Encontro, a vítima havia acabado de sair de uma aula de pilates e esperava pelo transporte público para ir a uma sessão de acupuntura em Taboão da Serra, sudoeste de São Paulo. Na parada de ônibus, em frente ao prédio da Faculdade Cásper Líbero, ela disse que sentiu, de repente, um peso sobre o ombro. “Como ela (a sequestradora) é mais baixa que eu, ela me deu um mata-leão e, com o outro braço, pôs a faca na minha jugular.” 

Sandra diz que a mulher pediu para que ela ligasse para a Rede Globo. Ao que a vítima respondeu que não tinha celular, a sequestradora mandou que ela pedisse a outras pessoas que estavam no local para que o fizessem. Simulando ligações à emissora, pedestres informaram à Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), que enviou equipes para fazer a negociação. 

Entenda o episódio

De acordo com nota da PMESP, “a suspeita exigia a presença da imprensa televisiva, sem justificativas”. Com a chegada dos policiais, Sandra disse que a mulher que a prendia ficou mais agitada. Só então, a refém começou a ficar preocupada, pois a mulher “não aceitava negociação nenhuma”. 

Após cerca de uma hora de negociações sem sucesso, uma arma de choque “não letal” foi utilizada para imobilizar a sequestradora, que foi presa em flagrante pelo crime de sequestro qualificado. A vítima, que segundo a polícia “sofreu escoriações no pescoço”, foi socorrida e encaminhada a atendimento médico. Pedestres que acompanhavam o episódio comemoraram o fim do sequestro. 

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