SÃO PAULO

Comandante diz ser 'erro emocional' PM de SP jogar homem de ponte

Cássio Araújo de Freitas classificou como "erro emocional" a atitude de um policial militar que arremessou um homem de uma ponta, na Zona Sul paulista, nesse domingo (1º/12)

Comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Cássio Araújo de Freitas, classificou como "erro emocional" a atitude de um policial militar que arremessou um homem de uma ponta, na Zona Sul paulista, nesse domingo (1º/12). A vítima arremessada era motociclista e foi abordado por 13 policiais — incluindo o que o jogou da ponte. 

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (3/12), o comandante afirmou que o policial agiu de forma infantil. "Comete um erro básico, vai ser julgado por aquilo", disse.

O policial que arremessou o rapaz e os outros agentes foram punidos administrativamente pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSPSP) e alocados a atividades na Corregedoria da PM, "até que todos os procedimentos investigativos sejam esclarecidos e sanados”, disse o titular da pasta, Guilherme Derrite.

Questionado sobre as maneiras de evitar "erros emocionais" de agentes militares, Cássio Araújo de Freitas condicionou o desenvolvimento de "competência emocional" à experiência.

"Essa competência emocional só acontece quando o policial tem muita experiência. Então, ele vai adquirindo essa competência emocional. Eu consigo treinar a competência emocional, mas eu não consigo ensiná-la numa cadeira escolar", explicou.

Letalidade policial

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo também comentou os dados que constatam aumento da letalidade da PM paulista. Segundo ele, essa taxa aumentou porque houve "mais operações e mais atendimentos" de missões policiais.

"Se a polícia começa a fazer mais operações, mais atendimentos, eu tenho maior probabilidade de ter algum tipo de aumento. Eu atribuo esse aumento a nós termos intensificado as nossas ações. E agora, eu espero que nesse ano de 2025, nós vamos ter uma queda disso. O criminoso brasileiro, ele tem uma taxa de reação alta em relação às ordens policiais. Então ele reage mais do que o criminoso norte-americano, por exemplo. A cada 17 confrontos, em só um deles eu tenho o evento morte do criminoso. Isso é um dado importante também", disse Cássio Araújo de Freitas.

 

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