INVESTIGAÇÃO

Polícia identifica quem matou turista em carro de aplicativo no RJ

Carro de aplicativo em que estava a baiana Diely da Silva Maia foi recebido a tiros em uma comunidade na Zona Oeste carioca

Diely da Silva Maia, 34 anos, morreu ao ser baleada em comunidade do Rio de Janeiro -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Diely da Silva Maia, 34 anos, morreu ao ser baleada em comunidade do Rio de Janeiro - (crédito: Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou o autor do disparo que matou a turista baiana Diely da Silva Maia, de 34 anos, no último sábado (28/12). Gerente contábil, Diely foi baleada enquanto estava em um carro de transporte por aplicativo. O veículo passava pela comunidade do Fontela, Zona Oeste do Rio, quando foi recebido a tiros.

O motorista Anderson Pinheiro, 34 anos, também foi baleado, levado ao hospital e liberado em seguida. Segundo a polícia, o suspeito por efetuar os disparos contra o carro é um adolescente de 16 anos. Pelo fato de ser menor de idade, a polícia civil não divulgou a identidade dele.

Ainda segundo a polícia, a região é explorada por traficantes do Comando Vermelho. Na comunidade, ainda segundo a polícia, os traficantes impuseram uma espécie de "regra" para que os motoristas trafegassem pelo local com os vidros abaixados, além da luz interna acessa e o alerta ligado.

Diante dessa "ordem" da facção, conforme comunicado da polícia, o adolescente infrator — um dos responsáveis por desempenhar a função de segurança da facção —  atirou contra o veículo de Anderson que estava com vidros fechados e sem alerta acionado. 

Após a ação criminosa, o adolescente fugiu para o complexo da Penha, onde foi acolhido pela liderança da facção. Contra ele, já há um mandado de busca e apreensão pela prática de atos infracionais anteriores. As investigações seguem para apurar a participação de outros indivíduos.

Anderson fazia Uber

Anderson Pinheiro — o motorista do carro que Diely foi morta — era motorista "parceiro" da empresa de transporte por aplicativo Uber. Em nota, a Uber disse que as viagens feitas pela plataforma são cobertas por seguro e que está à disposição de investigações dos órgãos de segurança.

“Compartilhamos nossos sentimentos com a família da usuária neste momento tão difícil, e esperamos que as autoridades tragam os responsáveis à justiça o mais rapidamente possível.” A empresa também diz que “lamenta profundamente que cidadãos que desejam apenas trabalhar ou se deslocar sejam vítimas da violência que permeia nossa sociedade”.

 

Francisco Artur de Lima
postado em 31/12/2024 14:00
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