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Bala "raspa" a cabeça de mulher em banho de sol no Rio de Janeiro

Rosângela Torres da Silva estava na piscina do Condomínio Vila do Pan, na Barra da Tijuca, quando sentiu algo tocar-lhe a testa. Projétil percorreu área cercada de prédios com mais de 10 andares. Polícia tem duas suspeitas de onde veio o tiro

No círculo em vermelho, a bala passa rente à cabeça de Rosângela -  (crédito: Reproduções/Redes sociais)
No círculo em vermelho, a bala passa rente à cabeça de Rosângela - (crédito: Reproduções/Redes sociais)

Rosângela Torres da Silva, de 58 anos, foi baleada de raspão no domingo passado enquanto tomava sol no Condomínio Vila do Pan, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o projétil passando rente à cabeça, enquanto ela estava deitada em uma espreguiçadeira.

O momento em que a bala raspa a testa de Rosângela foi registrado por câmeras de segurança do condomínio. É possível ver que algo a acerta e que, por isso, se levanta e passa a mão na cabeça. Na sequência, ela se levanta ainda sem saber exatamente o que tinha acontecido e olha para trás, à procura daquilo que a havia atingido.

A mulher foi socorrida por bombeiros, levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e recebeu alta ontem. O caso está sendo investigado pela 32ª DP (Taquara). A piscina em que Rosângela foi atingida fica entre vários prédios com mais de 10 andares.

Segundo os investigadores, são duas as hipóteses sobre de onde veio a bala que atingiu Rosângela de raspão. A primeira, um tiroteio que assustou clientes de um supermercado na localidade do Tanque, em Jacarepaguá, e interrompeu temporariamente duas linhas do BRT Transcarioca — apesar da tensão, ninguém se feriu. A segunda, é que o projétil veio de uma comunidade chamada Chico City — que fica a uma distância de mais de um quilômetro da Vila do Pan-Americano —, na Gardênia Azul, também em Jacarepaguá.

Turista morta

Em outro episódio de violência no Rio de Janeiro — que causou a morte da turista baiana Diely Silva, de 34 anos —, o motorista de aplicativo Anderson Pinheiro, que a transportava, relatou que ninguém deu a ele ordem de parada, ao entrar por engano na comunidade do Fontela, em Vargem Pequena, na Zona Oste carioca. Em depoimento ontem à polícia, afirmou que os traficantes do local abriram fogo contra o carro que conduzia sem qualquer aviso, na estrada Benvindo de Novaes, na noite do sábado passado.

Diely foi atingida no pescoço e morreu a caminho do hospital — a bala acertou Anderson nas costas. A turista e uma amiga tinham pedido uma viagem entre o condomínio onde estavam hospedadas, em Vargem Pequena, até a Gávea. Só que o motorista errou o percurso e foi parar no Fontela, favela controlada pelo Comando Vermelho. Anderson não soube dizer de onde partiram os disparos. A outra mulher que estava no carro não se feriu.

Diely tinha chegado ao Rio na mesma manhã em que foi morta. Moradora em São Paulo, estava na capital fluminense acompanhada de três amigas para o réveillon. O corpo foi liberado e seguiu para sepultamento em Candiba (BA), onde ela nasceu.

 

Fabio Grecchi
postado em 31/12/2024 03:55
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